Notícia
Produto farmacêutico desenvolvido a partir do óleo essencial de açaí apresenta atividades anti-inflamatória, antimicrobiana e antioxidante
Invenção se refere ao processo de obtenção de sistemas binários do óleo essencial de açaí e cicloamiloses para aplicação farmacológica
CostaPPPR via Wikimedia Commons
Fonte
UFRN | Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Data
sábado, 11 maio 2024 15:25
Áreas
Bioquímica. Biotecnologia. Desenvolvimento de Fármacos. Farmacologia. Fitoterapia. Indústria Farmacêutica. Produtos Naturais. Química Medicinal.
Um produto farmacêutico obtido a partir do óleo essencial de açaí, com propriedades anti-inflamatória, antimicrobiana e antioxidante, foi patenteado por três cientistas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). A carta-patente foi concedida no último dia 7 de maio, pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) sob o nome Sistemas binários do óleo essencial de açaí e cicloamiloses.
O Dr. Ádley Antonini Neves de Lima, coordenador da pesquisa que deu origem à descoberta científica e professor do Departamento de Farmácia da UFRN, explicou que a invenção se refere ao processo de obtenção de sistemas binários do óleo essencial de açaí e cicloamiloses para aplicação farmacológica. As cicloamiloses são oligossacarídeos, carboidratos formados por dois ou até dez monossacarídeos.
“O transporte do óleo por eles promove o aumento da solubilidade e da estabilidade do óleo e, desse modo, viabiliza o efeito farmacológico da matéria-prima vegetal, no caso o Açaí. Ao encapsular em polímeros de cicloamiloses, propiciamos a utilização por via oral, tópica, intramuscular, intravenosa, entre outras. O produto final é o óleo na forma de pó que pode ser utilizado em medicamentos, cosméticos e alimentos”, explicou o professor.
O pedido de patenteamento ocorreu em dezembro de 2018 e contou também com a participação das pesquisadoras Dra. Elissa Arantes Ostrosky e Dra. Thalita Sévia Soares de Almeida. As composições farmacêuticas que podem ser formadas a partir da invenção são pensadas para usos interno e externo, bem como para uso humano e veterinário.
Os pesquisadores salientaram que, não de agora, têm-se intensificado os debates sobre as medidas preventivas às infecções, os diagnósticos e os tratamentos de doenças. A necessidade de adesão de pacientes a tratamentos com utilização prolongada de antibiótico, bem como a automedicação, resulta no processo de desenvolvimento de resistência.
No relatório apresentado quando solicitaram a proteção da propriedade intelectual ao INPI, o trio de pesquisadores destacou que o óleo essencial de açaí é proveniente de plantas do gênero Euterpe oleraceae Mart (Família Arecaceae, subfamília Arecoidae), conhecidas como açaizeiro. Essa vegetação ocorre no Brasil, em que a maior área ocupada com essa espécie encontra-se na Amazônia Oriental, que compreende os estados do Amapá, Maranhão, Pará, Tocantins e Mato Grosso.
A árvore também é encontrada nos países do Panamá, Equador, Trinidad, Guiana, Guiana Francesa, Suriname, Venezuela e Colômbia. No documento, os pesquisadores citaram que dentro das espécies nativas do Brasil as mais importantes do ponto de vista agroindustrial são a E. oleracea, a E. edulis e, em escala bem menor, a E. precatoria.
Acesse a notícia completa na página da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Fonte: Wilson Galvão, AGIR/UFRN. Imagem: Açaí (Euterpe oleraceae). Fonte: CostaPPPR via Wikimedia Commons.
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