Notícia

Profilaxia pré-exposição (PrEP): estudo mostra viabilidade de medicamento no combate ao HIV

Pesquisa avalia que PrEP é importante tecnologia de prevenção

Divulgação

Fonte

Agência Brasil

Data

sábado, 31 dezembro 2022 11:45

Áreas

Biomedicina. Bioquímica. Doenças Infecciosas. Estudo Clínico. Farmacologia. Indústria Farmacêutica. Química Medicinal. Saúde Pública.

Um novo estudo mostrou que a oferta imediata de profilaxia pré-exposição (PrEP) ao HIV é viável no Brasil, com baixa perda precoce de acompanhamento. Os resultados foram publicados recentemente na revista científica The Lancet HIV.

PrEP é um medicamento anti-HIV, tomado de forma programada para evitar uma infecção pelo HIV caso ocorra uma exposição. A pesquisa foi conduzida pelo Grupo de Estudos ImPrEP no Brasil, México e Peru, de 2018 a 2021 e teve como objetivo central avaliar a viabilidade da oferta de PrEP oral diária nesses três países, servindo de espelho para iniciativas similares na América Latina.

Ao todo, participaram do estudo 9.509 pessoas, sendo 3.928 no Brasil, 3.288 no México e 2.293 no Peru. A maioria, 94,3%, gays, bissexuais e outros homens cisgêneros que fazem sexo com homens (HSH). Os demais 5,7% são travestis e mulheres trans, populações mais afetadas pela pandemia de HIV e aids na América Latina, a maioria com idade entre 18 e 30 anos.

Os resultados mostraram que a adesão à PrEP e a retenção ao serviço em longo prazo foram boas, sendo pior entre os mais jovens e mais vulneráveis; e a incidência de HIV foi muito baixa, sendo maior nas populações mais vulneráveis e com baixa adesão à PrEP.

De acordo com o estudo, a PrEP comprovou ser uma importante tecnologia de prevenção, especialmente junto a populações como HSH, travestis e mulheres trans na América Latina. A pesquisa apontou que os determinantes sociais e estruturais de risco ao HIV precisam ser abordados para a plena realização dos benefícios da profilaxia.

A etapa inicial do estudo, ligada à oferta do PrEP oral diário, foi uma iniciativa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com o Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde do Brasil, com a Universidade Peruana Cayetano Heredia, do Peru, e com a Clínica Condesa e o Instituto Nacional de Saúde Pública, ambos do México.

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse a notícia na página da Agência Brasil.

Fonte: Mariana Tokarnia e Nádia Franco, Agência Brasil. Imagem: Divulgação.

 

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