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Sociedade Brasileira de Pediatria lança diretriz atualizada para o tratamento e prevenção pelo vírus influenza

Estima-se que, anualmente, 5% a 10% dos adultos e 20% a 30% das crianças sejam infectadas em cada epidemia

Zach Vessels, Unsplash

Fonte

SBP | Sociedade Brasileira de Pediatria

Data

sexta-feira, 17 abril 2020 12:20

Áreas

Doenças Infecciosas. Saúde Pública.

Os Departamentos Científicos de Imunizações, Infectologia, Alergia, Otorrinolaringologia e Pneumologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) divulgaram no último dia 14 de abril a diretriz “Atualização no tratamento e prevenção da infecção pelo vírus influenza – 2020”. A influenza é uma infecção viral aguda que acomete, especialmente, o sistema respiratório. É de transmissibilidade elevada e distribuição global, com tendência a se disseminar facilmente em epidemias sazonais, podendo também causar pandemias.

Composta por 26 páginas, a diretriz foi revisada pela presidente da SBP, Dra. Luciana Rodrigues Silva, e pelo diretor dos Departamentos Científicos da SBP, Dr. Dirceu Solé. A coordenação foi do Dr. Renato Kfouri e do Dr. Marco Aurélio Sáfadi, presidentes dos Departamentos Científicos de Imunizações e Infectologia da SBP, respectivamente.

Estima-se que, anualmente, 5% a 10% dos adultos e 20% a 30% das crianças sejam infectadas em cada epidemia. Embora a grande maioria dos casos resulte em doença leve, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que as epidemias resultem em 3 a 5 milhões de casos graves e 290.000 a 650.000 mortes associadas à infecção a cada ano.

Segundo o documento, o vírus influenza A tem, ainda, potencial pandêmico, pela sua capacidade de rearranjo com variantes do vírus que acometem outras espécies, situação que exige constante vigilância. “A maioria dos casos graves, complicações, hospitalizações e óbitos decorrentes da infecção pelo influenza se dá em indivíduos pertencentes aos grupos de risco: idosos, crianças nos primeiros anos de vida, gestantes e portadores de doenças crônicas ou imunocomprometidos”, diz trecho da diretriz da SBP.

“As crianças desempenham importante papel na cadeia de transmissão, pois além de serem acometidas de forma importante, quando infectadas, excretam o vírus por tempo mais prolongado. O absenteísmo escolar e casos secundários na família elevam ainda mais a importância da prevenção na pediatria”, frisa trecho da diretriz.

Epidemiologia

Os vírus influenza são causas frequentes de doenças respiratórias agudas, com impacto significante para a saúde humana, para a economia e para a sociedade. Sabe-se que esses vírus são causas conhecidas de epidemias sazonais e pandemias. O acometimento pela doença pode resultar em hospitalização e morte, principalmente entre os grupos de alto risco.

Embora a doença grave por influenza possa ocorrer em todas as idades, as crianças são especialmente acometidas. As taxas de hospitalização associadas à gripe foram três vezes mais altas nos países em desenvolvimento do que nos países industrializados. Estudos também relatam que as taxas de hospitalização entre crianças menores de dois anos são semelhantes às taxas de hospitalização entre pessoas com 65 anos ou mais.

A transmissão da gripe ocorre principalmente de pessoa a pessoa, por meio de gotículas respiratórias produzidas por tosse, espirros ou fala de uma pessoa infectada para uma pessoa suscetível, o que requer um contato próximo entre elas porque as gotas geralmente atingem distâncias curtas. Outro modo de transmissão é pela transferência manual do vírus influenza das superfícies contaminadas por gotículas (fômites), para as superfícies mucosas da face por auto-inoculação.

O período de incubação da gripe é de um a quatro dias, com média de dois dias. A transmissão do vírus a partir de indivíduos infectados ocorre um a dois dias antes do início de sintomas. O pico da excreção viral ocorre entre 24 e 72 horas do início da doença, e declina até níveis não detectáveis por volta do quinto dia após o início dos sintomas. As crianças, comparadas aos adultos, excretam vírus mais precocemente, com maior carga viral e por períodos mais longos, podendo durar de 7 a 10 dias ou mais. Imunocomprometidos podem excretar vírus por semanas ou até meses.

Medidas de Controle

A diretriz da SBP para o vírus influenza aborda ainda questões sobre a pandemia, sazonalidade, vigilância epidemiológica, sintomas e destacando, sobretudo, a importância da vacinação a fim de prevenir o aumento dos casos de gripe e óbitos.

Acesse a íntegra do documento.

Acesse a notícia completa na página da Sociedade Brasileira de Pediatria.

Fonte: Sociedade Brasileira de Pediatria. Imagem: Zach Vessels, Unsplash.

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