Notícia

Startup quer transformar ativos da biodiversidade brasileira em terapias inovadoras

Startup paulista está desenvolvendo, em parceria com o CNPEM, CIEnP e empresas privadas, novos medicamentos derivados de produtos naturais à base de plantas para o tratamento de doenças multifatoriais

Divulgação, Nintx

Fonte

FAPESP Pesquisa para Inovação

Data

sexta-feira, 21 abril 2023 18:15

Áreas

Biodiversidade. Biotecnologia. Cardiologia. Desenvolvimento de Fármacos. Farmacologia. Fitoterapia. Imunologia. Metabolismo. Microbiologia. Patologia. Produtos Naturais. Saúde Pública.

A partir de plantas da biodiversidade brasileira pode surgir nos próximos anos uma nova classe de medicamentos para o tratamento de doenças multifatoriais – desencadeadas pela combinação de fatores genéticos e ambientais, como patologias metabólicas, câncer e distúrbios cerebrais, entre diversas outras.

O desenvolvimento desses novos medicamentos derivados de produtos naturais à base de plantas está sendo impulsionado no Brasil por pesquisadores da startup paulista Nintx (Next Innovative Therapeutics) em parceria com instituições como o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), o Centro de Inovação e Ensaios Pré-Clínicos (CIEnP) e empresas privadas, como a Adeste e o Grupo Centroflora.

A fim de acelerar a chegada dessas novas terapias ao mercado, a startup recebeu em 2022 um aporte de US$ 3 milhões liderado pela casa de investimentos de capital de risco Pitanga, por meio de seu recém-lançado veículo de investimento, o Pitanga Redux.

Fundada em 2011 pelo cientista Fernando Reinach, o Pitanga investe em startups de base científica e tecnológica (deep techs) com alto potencial de crescimento e já aportou recursos em startups como a argentina Satellogic, que recentemente abriu o seu capital na bolsa de valores norte-americana Nasdaq, e a brasileira I.Systems, apoiada pelo Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE) da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).

Entre os acionistas do Pitanga Redux estão os fundadores da Natura &Co, Pedro Passos e Guilherme Leal, Candido Bracher, ex-CEO do Itaú Unibanco e conselheiro do banco, e Eduardo Vassimon, ex-presidente do BBA e presidente do conselho da Votorantim. Leal também investiu diretamente na Nintx por meio de seu ‘family office, a Maraé Investimentos.

“Desde que lançamos o Pitanga Redux, em 2020, já olhamos para mais de 600 projetos de startups e a Nintx foi a que mais nos entusiasmou. Trata-se de uma proposta realmente singular, que combina a riqueza molecular da maior biodiversidade do planeta, cientistas e infraestrutura tecnológica nacionais de ponta e um time de cientistas-empreendedores com rara experiência e histórico de sucesso no desenvolvimento de terapias globalmente inovadoras”, disse Gabriel Perez, gestor do Pitanga Redux e membro do conselho de administração da Nintx.

“Gostamos de investir em empresas que apresentam desafios que envolvam riscos tecnológicos porque são projetos que, inclusive, podem ter retornos mais elevados”, avaliou.

Inicialmente o plano de negócios da Nintx está focado em necessidades médicas não atendidas globais em cinco áreas terapêuticas: gastroenterologia, cardiometabólica, imunologia, neurociências e doenças infecciosas.

Em comum, essas áreas terapêuticas abrangem doenças cujos fatores genéticos interagem com os ambientais de forma direta ou indireta via o microbioma intestinal humano – termo que descreve o genoma de todos os microrganismos simbióticos e patogênicos que nos habitam. Noventa e cinco por cento deles residem no intestino.

O microbioma humano é essencial para a homeostase normal do corpo – a estabilidade das funções do organismo –, mas pode desencadear doenças multifatoriais quando em desequilíbrio. Por isso, essas doenças multifatoriais poderiam ser muito beneficiadas pelo conceito de terapia multi-target elaborado pelos pesquisadores da startup, caracterizado por usar moléculas bioativas das plantas não só para modular diretamente os alvos biológicos – algo que tradicionalmente a indústria farmacêutica já faz –, mas também indiretamente via modulação concomitante do microbioma, disse Stephani Saverio, cofundador e membro do conselho de administração da Nintx.

“Queremos desenvolver medicamentos e nutracêuticos à base de plantas da biodiversidade brasileira que tenham impactos importantes no tratamento de necessidades médicas não atendidas, como a síndrome do intestino irritável e colite ulcerativa, para as quais há uma clara lacuna de opções terapêuticas”, afirmou a gestora.

Acesse a notícia completa na página da FAPESP Pesquisa para Inovação.

Fonte: Elton Alisson, FAPESP Pesquisa para Inovação. Imagem: Divulgação, Nintx.

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