Notícia
Substâncias naturais podem ser remédios contra COVID-19
Grupo identifica compostos que podem passar por testes para gerar remédios de combate à doença do novo coronavírus
Divulgação
Fonte
CAPES | Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
Data
segunda-feira, 4 maio 2020 12:00
Áreas
Bioinformática. Desenvolvimento de Fármacos. Farmacologia. Fitoterapia. Saúde Pública.
Cientistas coordenados pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) encontraram substâncias naturais que podem servir para fabricação de medicamentos contra a COVID-19. Obtido por meio de recursos informáticos, o resultado indica pistas para orientar futuros testes em laboratório. O estudo foi realizado por uma equipe multidisciplinar e interinstitucional, que conta com bolsistas da CAPES e de universidades brasileiras e estrangeiras.
Na pesquisa, uma base de dados com 50 mil substâncias, a maioria originada de vegetais, passou por uma avaliação sistemática chamada screening. A intenção foi detectar quais fórmulas teriam capacidade de ação contra a principal enzima (substância com função específica) do vírus SARS-CoV-2, causador da pandemia. Outra ação do estudo foi comparar o resultado com a ação quatro drogas antivirais que estão em testes contra a COVID-19.
Considerada uma das principais moléculas do novo coronavírus, a enzima 6LU7 realiza a replicação do SARS-CoV-2. O estudo tentou identificar substâncias naturais capazes de interromper a ação da 6LU7 e, assim, impedir que o vírus se multiplique. Testes computacionais sugeriram que 40 substâncias apresentam potencial de atacar a enzima 6LU7 de maneira mais eficaz que os fármacos. Dessas, 12 apresentam os melhores desempenhos, podendo ser levadas para a fase seguinte, os testes em laboratório. O passo posterior para se desenvolver um medicamento será o teste em seres vivos. Portanto, a pesquisa bioinformática representa uma etapa preliminar rumo à criação de um remédio – e não apenas no caso da COVID-19.
Geralmente o computador é o ponto de partida do desenvolvimento de novas drogas, informa o Dr. Bruno Andrade, biólogo e coordenador do estudo na UESB. “É hoje uma das formas mais baratas e eficientes de se propor o uso de grandes quantidades de moléculas para triagem (milhares ou milhões), com baixo custo e de forma rápida. O que fazemos no computador seria praticamente impossível de se fazer em bancada com essa quantidade de compostos”, avalia o professor do curso de Medicina.
Equipe multidisciplinar
Pesquisadores de diversas especialidades e instituições compõem a equipe que produziu o artigo, incluindo quatro bolsistas da CAPES nos níveis de mestrado, doutorado e pós-doutorado. No grupo, trabalharam especialistas em bioinformática, genética, química e virologia de três países: Brasil, Itália e Índia.
Além da UESB, participaram da pesquisa a Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Também integram a equipe cientistas da Universidade da Comunidade da Virginia, nos Estados Unidos, e do Instituto de Ômicas Integrativas e Biotecnologia Aplicada, na Índia.
Acesse a notícia completa na página da CAPES.
Fonte: Redação CCS/CAPES. Imagem: Divulgação.
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