Notícia

Teste comum, mas realizado duas vezes, melhora identificação de câncer de intestino

Fonte

Universidade de Edimburgo

Data

quinta-feira, 18 maio 2023 06:05

Áreas

Análises Clínicas. Biologia. Biomedicina. Diagnóstico. Laboratórios. Microbiologia. Oncologia. Saúde Pública.

O teste chamado de teste imunoquímico fecal (TIF) é usado para detectar sangue não visível no intestino, o que pode indicar a presença de câncer de intestino. Os pesquisadores descobriram que a realização do teste duas vezes garantiu a identificação de mais casos de câncer de intestino.

Além de reduzir o risco de um diagnóstico errado, os especialistas disseram que essa abordagem de dois testes tem o potencial de reduzir a demanda por colonoscopias em um sistema de saúde sob pressão.

Detecção precoce

A detecção precoce do câncer de intestino é importante, pois trata-se de um câncer tratável e curável se diagnosticado precocemente. Muitas pessoas têm sintomas de doença intestinal, mas nenhum deles é específico para câncer de intestino, o que pode levar a investigações invasivas que podem não ser necessárias.

A abordagem existente de um único teste é usada para determinar quem deve ser encaminhado para um especialista e, uma vez lá, pode priorizar uma investigação mais aprofundada para pacientes cujos sintomas sugerem que eles estão em alto risco de câncer de intestino.

Dado o uso crescente do TIF como a primeira investigação para suspeita de câncer de intestino, os especialistas dizem que é importante determinar o melhor uso desse teste para minimizar a falta de testes no sistema de saúde.

Testes repetidos

Cientistas da Universidade de Edimburgo, no Reino Unido, usaram dois grupos de pacientes do sistema NHS Lothian que foram encaminhados com urgência para a Unidade de Cirurgia Colorretal de Edimburgo para comparar o uso de um teste TIF ou o uso de dois testes TIF.

Eles descobriram que fazer dois testes TIF detectou 96,6% dos casos de câncer de intestino corretamente, enquanto a realização de apenas um teste detectou apenas 84,1%. O tempo médio entre os dois testes foi de 13 dias.

O estudo também mostrou que 16,8% daqueles que completaram dois testes tiveram variação suficiente em seus resultados de teste para mudar seu plano de manejo. Isso ocorreu independentemente de condições intestinais significativas e destaca o benefício de testes repetidos, disseram os especialistas.

O estudo, financiado pelo governo escocês, Chief Scientist Office (Escócia) e CRUK Scotland Centre, mostrou que pacientes com dois testes FIT negativos têm um risco subjacente muito baixo de câncer de intestino (0,17 %) e podem não precisar se submeter a testes que pode causar danos.

Os pesquisadores disseram que, embora haja um aumento na taxa de positividade em 7,3% usando a estratégia de TIF duplo, as implicações da carga de trabalho são baixas, pois os pacientes com dois testes negativos podem receber planos de gerenciamento alternativos.

“Nosso estudo destacou como maximizar o uso do TIF em pacientes sintomáticos. O uso de dois testes TIF perderá menos câncer de intestino, com um impacto positivo no atendimento ao paciente. Localmente, a implementação da estratégia de TIF duplo levou a uma redução na endoscopia sem afetar adversamente as taxas de detecção de câncer”, disse a Dra. Farhat Din, cientista do Instituto de Genética e Medicina Molecular da Universidade de Edimburgo e cirurgiã no Western General Hospital.

Os resultados foram publicados na revista científica British Journal of Surgery.

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade de Edimburgo (em inglês).

Fonte: Universidade de Edimburgo. Imagem: Getty Images (com adaptação).

Em suas publicações, o Canal Farma da Rede T4H tem o único objetivo de divulgação científica, tecnológica ou de informações comerciais para disseminar conhecimento. Nenhuma publicação do Canal Farma tem o objetivo de aconselhamento, diagnóstico, tratamento médico ou de substituição de qualquer profissional da área da saúde. Consulte sempre um profissional de saúde qualificado para a devida orientação, medicação ou tratamento, que seja compatível com suas necessidades específicas.