Notícia

USP ajuda a conceber projeto para rastrear medicamentos no Brasil

Escola Politécnica, Anvisa e Hospital das Clínicas conceberam o projeto que vai ajudar a trazer mais segurança ao setor

Divulgação

Fonte

Jornal da USP

Data

quarta-feira, 29 maio 2019 10:20

Áreas

Regulação. Indústria Farmacêutica.

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) participam do grupo que concebeu o projeto para implantar o rastreamento de medicamentos no Brasil. O objetivo é inibir roubos e falsificações, trazendo mais segurança aos consumidores e indústria. A parceria envolve o Grupo de Automação Elétrica em Sistemas Industriais (Gaesi) da Escola Politécnica da USP, o Núcleo de Inovação do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC-FMUSP) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A iniciativa resultou em um projeto piloto que está sendo testado por empresas farmacêuticas, distribuidoras de medicamentos, hospitais e drogarias. A implantação tem previsão de ser finalizada no País até 2022.

O projeto vem atender à Lei Federal nº 13.410/16, de 2016, que determina a criação do Sistema Nacional de Controle de Medicamentos, visando ao controle da produção, distribuição e comercialização de medicamentos no Brasil.

“O grande objetivo é inibir furtos e falsificação que atingem o setor”, conta o engenheiro Dr. Vidal Augusto Zapparoli Castro Melo, do Gaesi. “Estudos mencionam que em países desenvolvidos, a estimativa é que até 5% dos medicamentos sejam alvo de furtos e falsificações. Em países em desenvolvimento, esse porcentual pode chegar até 20% ou 30%”, diz.

Data Matrix

A rastreabilidade vai funcionar a partir da criação de um número único, no momento da fabricação do medicamento, que será codificado e colocado na caixa na forma de um Data Matrix, código de barras bidimensional muito semelhante visualmente ao QRCode, que vai conter número de série, lote, validade, número de registro na Anvisa e código GTIN (sigla em inglês para Global Trade Identification Number, que é o código comercial do produto). Se o produto for importado, o importador ficará responsável pela serialização e impressão do Data Matrix.

“É um processo na linha de produção. A indústria precisará implantar equipamentos e sistemas específicos que façam essa geração e impressão dos dados nas embalagens de medicamentos”, explica Melo.

De acordo com o pesquisador, após todas as etapas de controle de qualidade da indústria, esse número único vai ser comunicado para a Anvisa ter ciência de que aquela unidade será comercializada no mercado nacional.

A partir daí, todas as etapas seguintes serão rastreadas e obrigatoriamente deverão ser comunicadas à Anvisa, desde a saída da fábrica, a entrega para os distribuidores e até a venda final ao consumidor (ou do uso em hospitais). Quando isso ocorrer, o último elo (farmácias ou hospitais) deverá informar à agência da finalização do rastreamento e que aquela caixa deixou de fazer parte da cadeia de medicamentos do Brasil. “Para o futuro, está previsto que o consumidor final tenha um aplicativo de celular e possa consultar a rastreabilidade dos medicamentos”, conta o Dr. Vidal Melo.

A concepção do projeto foi realizada por integrantes do Gaesi, do Hospital das Clínicas e da Anvisa. O Gaesi desenvolveu um ambiente online onde foram realizados os primeiros testes, tendo como base a rotina do Hospital das Clínicas. Essa etapa durou o período de agosto de 2018 até março de 2019.

Acesse a notícia completa no Jornal da USP.

Fonte: Valéria Dias e Beatriz Abdalla, Jornal da USP. Imagem: Divulgação.

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