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Projeto da UEMS desenvolve sistema para detecção de substâncias psicoativas ilícitas
O projeto ‘Detecção inteligente de substâncias psicoativas ilícitas: desenvolvimento e aplicação de dispositivos a serem empregados nas fronteiras do Mato Grosso do Sul’ começou a ser desenvolvido no início de 2023 na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) por pesquisadores que integram o Centro de Estudos em Recursos Naturais (CERNA) e o Programa de Pós-Graduação em Recursos Naturais (PGRN).
Fazem parte do projeto, os professores Dr. Gilberto José de Arruda, Dr. Luis Humberto da Cunha Andrade, Dr. Júnior Reis Silva e Dr. Sandro Marcio Lima, coordenador da pesquisa. A pesquisa ainda conta com a participação do Dr. Jesus Calvo Castro, pesquisador da Universidade de Hertfordshire, no Reino Unido.
Para a parte inicial da pesquisa, o projeto dispõe de financiamento da Fundação de Apoio e Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Mato Grosso do Sul (FUNDECT).
O projeto visa o desenvolvimento de novas plataformas de detecção inteligentes, com capacidade de detectar simultaneamente substâncias psicoativas pertencentes a classes com diferentes composições químicas.
O estudo visa explorar o sinal optoeletrônico de sensores à base de nanopartículas de prata dopadas com terras-raras. O resultado será uma impressão de última geração para o desenvolvimento de tecnologia de sensores para as novas substâncias psicoativas (NPS) em misturas complexas que podem ser implantadas em campo e usadas por não especialistas. Espera-se que as abordagens desenvolvidas ajudem a reduzir os atuais problemas de saúde e sociais que estão associados ao tráfico de substâncias ilegais.
Aplicação da pesquisa
A equipe de pesquisadores acredita que o sistema de detecção em desenvolvimento poderá ser aplicado em diversas áreas, como em fiscalizações policiais para o combate ao narcotráfico e também na área da saúde.
“Normalmente, os opioides são misturados com outras substâncias que podem ser ilícitas ou não, o que dificulta o processo de detecção. A identificação destas substâncias no laboratório, por meios espectroscópicos e cromatográficos, é hoje possível, mesmo para novas substâncias com estrutura química desconhecida e em concentrações muito baixas. Porém, nós queremos chegar a um sistema de detecção que possa ser utilizado por profissionais não qualificados na linha de frente. Imagine um policial que tem um sistema de detecção pequeno e portátil: ele conseguiria utilizar esse sistema para detectar esse tipo de droga. Não podemos esquecer também das possíveis aplicações na área da saúde, na qual eu trabalhei muitos anos. Com o sistema de detecção, médicos e enfermeiros podem ajudar pacientes que chegam com problemas em decorrência do uso dessas substâncias. O profissional de saúde precisa saber o que causou o problema no paciente para realizar o tratamento adequado. Eu tenho certeza que a ideia que nós estamos desenvolvendo ajudaria a estabelecer um padrão de atendimento, o que representaria um grande avanço nesta área”, explicou o Dr. Jesus Castro.
Acesse a notícia completa na página da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul.
Fonte: Liziane Zarpelon, UEMS.
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