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Com aumento da cobertura vacinal e vigilância, Brasil não registra casos de sarampo desde 2022

Fonte

Instituto Butantan

Data

quinta-feira. 20 junho 2024 18:30

O vírus do sarampo não é transmitido no Brasil desde junho de 2022, de acordo com o Ministério da Saúde. A ausência de casos da doença, que é potencialmente grave e fatal em crianças, é consequência direta do aumento na vacinação e do aprimoramento da vigilância epidemiológica. Nos últimos três anos, a cobertura vacinal completa (duas doses) subiu de 53,2% para 63,5% no país, enquanto a aplicação da primeira dose aumentou de 74,9% para 86,9%. A recomendação, porém, é que a taxa atinja pelo menos 95%, uma meta ainda distante.

Junto ao reforço da imunização, o Plano de Ação para Interrupção do Sarampo no Brasil – lançado em 2022 pelo Ministério da Saúde – tem focado na vigilância ativa para detectar, reportar e acompanhar casos importados por viajantes. A vacina tríplice viral (contra sarampo, caxumba e rubéola) está disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS) a partir dos 12 meses de idade e também pode ser aplicada em adolescentes e adultos não vacinados na infância.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que o imunizante contra o sarampo evitou 57 milhões de mortes globalmente nos últimos 20 anos. A entidade ressalta que a vacinação é comprovadamente segura e é a melhor forma de se proteger e evitar a transmissão para outras pessoas.

A região das Américas foi a primeira do mundo considerada zona livre da doença, em 2016. O Brasil chegou a receber o certificado de erradicação do sarampo pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), conquista aliada ao fortalecimento das campanhas de vacinação e vigilância de casos importados. No entanto, o país perdeu o título em 2019 após uma nova epidemia de mais de 20 mil casos.

O motivo foi a queda da imunização, que saiu da faixa dos 90% para os 70% entre 2014 e 2018, e acabou tornando o país mais suscetível à disseminação da doença por meio de casos importados. Para se ter ideia do nível de contágio, um indivíduo infectado pode transmitir o vírus para 90% das pessoas próximas que não estejam imunes, segundo o Ministério.

A última onda de surtos começou em 2018 na região Norte, que concentrou 99% das 9 mil infecções naquele ano, devido a casos importados da Venezuela. No ano seguinte, a maior parte dos 20 mil casos (88%) se concentrou no Sudeste, mais especificamente em São Paulo, que tem um grande fluxo de circulação de viajantes.

No resto do mundo, o sarampo também continua sendo motivo de preocupação. Cerca de 22 milhões de crianças não completaram o esquema vacinal em 2022, resultando em um aumento de 18% nos casos e de 43% nas mortes pela doença em relação ao ano anterior. Apesar da alta na cobertura, em números absolutos, o Brasil ainda está entre os dez países com mais crianças não vacinadas, segundo a OMS. Na Europa, os casos aumentaram em 30 vezes nos últimos dois anos, também acompanhados de uma queda na cobertura vacinal.

Acesse a notícia completa na página do Instituto Butantan.

Fonte: Aline Tavares, Instituto Butantan.

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