Notícia

Cientistas analisam imunidade natural após infecção pelo novo coronavírus

Fonte

Universidade Médica de Viena

Data

segunda-feira, 20 abril 2020 11:40

Áreas

Doenças Infecciosas. Imunologia. Saúde Pública. Vacinas.

Pesquisadores da Universidade Médica de Viena (MedUni Viena), na Áustria, estão conduzindo um estudo para analisar a resposta imune em indivíduos que tiveram a infecção pelo novo coronavírus. Os resultados ajudarão a entender a resposta imune e estabelecer as bases para uma vacina. Pessoas que já se recuperaram da Covid-19 podem participar do estudo.

“O estudo é esclarecedor, pois deve nos ajudar a entender se – e se sim, quantas – pessoas desenvolvem imunidade protetora após a infecção. Espera-se que os resultados do estudo forneçam uma base sólida para o desenvolvimento de uma vacina. Temos que aceitar que o vírus agora está entre nós e, assim como a gripe, e pode causar ondas repetidas de infecção”, diz o Dr. Rudolf Valenta, do Centro de Fisiopatologia, Infectologia e Imunologia da MedUni Viena.

Os pesquisadores pretendem colocar todo o proteoma viral, e também pequenas partes dele, em um chip, permitindo que eles obtenham uma imagem muito detalhada da resposta imune. Eles irão medir a resposta do anticorpo a todos os componentes virais e seus epítopos.

Novo teste para verificar o efeito dos anticorpos

Os pesquisadores da MedUni Viena também estão desenvolvendo um teste que permite investigar se os anticorpos impedem o vírus de se acoplar nas células hospedeiras e também planejam investigar a resposta imune celular.

“A análise será muito complexa e não poderemos dizer imediatamente aos voluntários se eles estão imunes ou não. No entanto, uma vez concluído o estudo, esperamos que antes da próxima temporada de COVID, que tememos que venha, seremos capazes de dizer em geral se as pessoas que já tiveram a doença desenvolveram uma imunidade protetora a ela e qual sua proporção”, destaca o Dr. Rudolf Valenta.

Conhecimento necessário para o desenvolvimento de vacinas

O padrão de detecção de anticorpos dos pacientes que impedem a interação vírus-receptor mostra quais partes do vírus precisam ser incorporadas a uma vacina para invocar uma resposta direcionada contra eles por meio da vacinação. “Aprendemos com o uso da imunoterapia para tratar alergias que a resposta do anticorpo pode ser instruída com precisão por meio da vacinação”, explica o Dr. Rudolf Valenta. Uma tecnologia desenvolvida na MedUni Vienna em colaboração com a empresa Viravaxx está sendo usada para isso.

Acesse a notícia completa na Universidade Médica de Viena (em inglês).

Fonte: Universidade Médica de Viena. Imagem: Divulgação, Universidade Médica de Viena.

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