Notícia

Injeção de proteína “isca” poderia bloquear o novo coronavírus

Pesquisadores estão trabalhando na criação de uma nova proteína solúvel que se liga ao vírus SARS-CoV-2, impedindo que ele seja capaz de se ligar e infectar as células

Divulgação

Fonte

Universidade de Leicester

Data

terça-feira, 21 abril 2020 12:20

Áreas

Biologia Celular e Molecular. Doenças Infecciosas. Saúde Pública.

Proteínas “isca”, que poderiam se ligar ao novo coronavírus e “prendê-lo” para impedir que infecte as células do corpo, estão sendo desenvolvidas pela Universidade de Leicester, no Reino Unido.

Usando técnica pioneira na análise molecular – um método usado na engenharia de proteínas para otimizar o uso de uma proteína – a equipe de pesquisa liderada pelo professor Dr. Nick Brindle, da Universidade de  Leicester, e pelo professor Dr. Julian Sale , do Laboratório de Biologia Molecular MRC, está trabalhando na criação de uma nova proteína solúvel que se liga ao vírus SARS-CoV-2, impedindo que ele seja capaz de se ligar e infectar as células.

O vírus da COVID-19 normalmente infecta pulmões e tecidos ao se ligar a um receptor chamado ACE2 na superfície de nossas células. A “isca” imita esses receptores, mas é projetada para ser mais atraente para o vírus, por isso ele se liga à isca e não ao ACE2, impedindo que o vírus se reproduza dentro de nossas células.

“Essa é uma abordagem inovadora na luta contínua contra o vírus SARS-CoV-2. Ao “sequestrar” os receptores nas células de nossos pulmões e outros tecidos, o vírus pode crescer e se espalhar por todo o corpo. Ao criar uma proteína que atrai o vírus, nosso objetivo é bloquear a capacidade desse vírus de infectar células e proteger a função dos receptores da superfície celular”, explicou o Dr. Nick Brindle, professor de sinalização celular nos Departamentos de Biologia Molecular e Celular e Ciências Cardiovasculares da Universidade de Leicester.

“Se essa abordagem for bem-sucedida, poderá ter o potencial de prevenir novos casos dessa doença mortal em todo o mundo”, concluiu o pesquisador. Os primeiros resultados estarão disponíveis daqui a dois ou três meses.

Para facilitar sua pesquisa, a equipe do professor Brindle está usando uma técnica chamada Microscopia Crio-Eletrônica (Cryo-EM), que permite que os cientistas criem imagens de vírus inteiros ou partes do vírus em um ambiente nativo.

Acesse a notícia completa na página da Universidade de Leicester (em inglês).

Fonte: Universidade de Leicester. Imagem: Divulgação.

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