Notícia
Projeto Proteoforma Humano vai mapear proteínas no corpo humano
Projeto poderá acelerar o desenvolvimento de diagnósticos e terapêuticas de precisão
Reprodução, Universidade Northwestern
Fonte
Universidade Northwestern
Data
sábado, 20 novembro 2021 13:00
Áreas
Biologia. Bioquímica. Proteômica.
Após o Projeto Genoma Humano ser oficialmente encerrado, uma equipe internacional de pesquisadores vai mapear toda a coleção de proteínas do corpo humano.
Planos e metas para o Projeto Proteoforma Humano foram delineados em um artigo publicado na revista Science Advances. O grande empreendimento irá caracterizar proteoformas conhecidas (moléculas de proteínas específicas), para então descobrir e analisar sistematicamente novas proteoformas em tecidos, células e fluidos humanos.
“Somos todos feitos de proteínas, e a maioria das drogas tem como alvo proteínas”, disse o Dr. Neil Kelleher, professor da Universidade Northwestern, nos Estados Unidos, coautor do artigo e pioneiro da proteômica com reconhecimento mundial. “Mas entender as proteínas é uma fronteira aberta. Como outros momentos seminais na ciência e tecnologia, este projeto servirá como uma grande conquista que pode nos ajudar a entender mais completamente o papel das proteínas em todos os tipos de doenças, envelhecimento e novas terapêuticas”, continuou o pesquisador.
O Dr. Kelleher é professor de Biociências Moleculares e professor de Química na Escola de Artes e Ciências da Universidade Northwestern e professor da Escola de Medicina da Universidade Northwestern. Ele também é diretor do Instituto de Química dos Processos de Vida (CLP) e diretor do corpo docente da Northwestern Proteomics, um centro de excelência dentro do CLP que desenvolve novas plataformas para descoberta e diagnóstico de drogas. O Dr. Kelleher é coautor do artigo em conjunto com o Consortium for Top-Down Proteomics.
O corpo humano compreende pelo menos 20.000 genes individuais – e de cada gene, as proteínas são processadas em várias formas (ou proteoformas). Portanto, para os 20.300 genes, existem milhões de proteoformas únicas criadas devido à variação genética, modificação ou splicing alternativo.
“Há uma família de proteoformas para cada gene humano. E as proteoformas têm vida própria. Elas podem ser ativadas ou reprimidas após serem produzidas, e sua diversidade varia amplamente em nossos diferentes tipos de células de maneiras desconhecidas. Entender as proteínas exatas de que somos feitos é complexo e desafiador e exigirá um grande esforço global”, destacou o pesquisador.
O objetivo final do Projeto Proteoforma Humano é estabelecer um Atlas de Proteoformas Humanas definitivo e abrangente, um conjunto de referência que será público e disponível para todos, incluindo as muitas empresas de proteômica que avançaram recentemente no setor privado. A fim de desenvolver este atlas extenso e de alta qualidade, os pesquisadores devem acelerar o desenvolvimento de tecnologias novas, poderosas e de última geração para análises profundas de proteoformas.
O Dr. Kelleher disse que espera que pesquisadores, médicos, clínicos, cientistas e engenheiros contribuam neste esforço global.
“Com nossos colaboradores globais, estamos entusiasmados em trazer a próxima geração de proteômica. Definir o proteoma humano nos permitirá realmente acelerar o ritmo da pesquisa e descoberta biomédica”. concluiu o Dr. Neil Kelleher.
Acesse o artigo científico completo (em inglês).
Acesse a notícia completa na página da Universidade Northwestern (em inglês).
Fonte: Amanda Morris, Universidade Northwestern. Imagem: Reprodução, Universidade Northwestern.
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