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Método inovador de microscopia abre caminho para novas descobertas
Uma técnica de microscopia inovadora que permite estudar biomoléculas, os menores ‘blocos de construção’ biológica da natureza, de uma maneira nova e mais eficiente, foi apresentada por pesquisadores da Universidade de Tecnologia Chalmers e da Universidade de Gotemburgo, na Suécia, usando os chamados nanocanais para estudar as moléculas.
“Esse novo método de microscopia abre novas possibilidades para o estudo de pequenas biomoléculas. Isso nos permitirá obter novos insights sobre a função biológica de células e tecidos”, disse o Dr. Giovanni Volpe, professor do Departamento de Física da Universidade de Gotemburgo.
As biomoléculas são vitais, pois são os ‘blocos de construção’ de tudo o que vive. Para que elas revelem seus segredos usando microscopia óptica, os pesquisadores atualmente precisam marcá-las com uma etiqueta fluorescente ou anexá-las a uma superfície.
“Com os métodos atuais, você nunca pode ter certeza de que a rotulagem ou a superfície à qual a molécula está ligada não afeta as propriedades da molécula. Com a ajuda de nossa tecnologia, que não exige nada disso, ela mostra sua silhueta completamente natural, ou assinatura óptica, o que significa que podemos analisar a molécula tal como ela é”, diz o pesquisador Dr. Christoph Langhammer, professor do Departamento de Física em Chalmers. Ele desenvolveu o novo método junto com pesquisadores em Física e Biologia em Chalmers e na Universidade de Gotemburgo.
O método exclusivo de microscopia é baseado nas moléculas ou partículas que os pesquisadores querem estudar sendo liberadas através de um chip contendo minúsculos tubos nanométricos, conhecidos como nanocanais. Um fluido de teste é adicionado ao chip que é então iluminado com luz visível. A interação que então ocorre entre a luz, a molécula e os pequenos canais cheios de fluido faz com que a molécula apareça como uma sombra escura e possa ser vista na tela conectada ao microscópio. Ao estudá-la, os pesquisadores podem não apenas ver, mas também determinar a massa e o tamanho da biomolécula, e obter informações indiretas sobre sua forma – algo que antes não era possível com uma única técnica.
“O próximo passo será melhorar o limite de resolução do método para moléculas cada vez menores. Nesse contexto, o uso do software de microscopia aprimorado por Inteligência Artificial DeepTrack, que desenvolvemos, será fundamental”, concluiu o professor Giovanni Volpe.
Acesse a notícia completa na página da Universidade de Gotemburgo e também na página da Universidade de Tecnologia Chalmers (em inglês).
Fonte: Universidade de Gotemburgo e Lisa Gahnertz/Mia Halleröd Palmgren, Universidade de Tecnologia Chalmers.
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