Notícia

Deficiências na administração de medicamentos de uso contínuo para idosos

Fonte

Universidade de Oulu

Data

terça-feira, 1 outubro 2019 08:15

Áreas

Saúde do Idoso.

Em sua dissertação de doutorado apresentada à Universidade de Oulu, na Finlândia, o Mestre em Ciências da Enfermagem Markus Karttunen examinou, em sua pesquisa, a autoavaliação da equipe de enfermagem e como os profissionais aderem às diretrizes sobre administração segura de medicamentos durante o processo de medicação no cuidado prolongado de idosos. O objetivo foi identificar os desafios da implementação segura da administração de medicamentos pela enfermagem.

Embora a maioria dos enfermeiros que participaram do estudo tenha estimado que implementam a medicação de maneira segura, quase metade dos entrevistados afirmou que se desvia das diretrizes e recomendações para a administração da medicação e do monitoramento e avaliação dos efeitos da medicação.

Um terço dos enfermeiros estimou que nem sempre cumprem as diretrizes e recomendações ao separar/preparar medicamentos. Os enfermeiros causaram riscos à segurança do paciente esmagando medicamentos e abrindo cápsulas. Além disso, foram observadas deficiências na documentação da medicação.

As verificações de rotina nem sempre foram realizadas em diferentes estágios do processo de administração do medicamento. Com base nas estimativas dos enfermeiros, o envolvimento do paciente no processo de administração de medicamentos nem sempre foi concluído. No entanto, de acordo com os resultados, a assepsia cuidadosa foi implementada durante todo o processo de medicação.

Os resultados mostraram que a opinião de uma enfermeira sobre sua própria competência afetou o processo de administração de medicamentos. Quanto melhor os profissionais da enfermagem consideravam suas habilidades em farmacologia, controle de infecção e cálculos de medicamentos, melhor pareciam implementar a medicação. Além disso, as enfermeiras mais velhas aderiram às instruções e recomendações da administração de medicamentos mais minuciosamente do que as jovens enfermeiras.

Participaram do estudo cerca de 500 profissionais de enfermagem que implementaram a administração de medicamentos em seu trabalho e trabalhavam em unidades municipais de longa permanência no momento da pesquisa.

“A terapia medicamentosa é uma parte importante, mas, ao mesmo tempo, desafiadora do atendimento ao idoso”, diz Markus Karttunen. “Por exemplo, estimar os efeitos da medicação e identificar efeitos adversos se tornam difíceis à medida que o corpo envelhece e o número de doenças aumenta”.

A maioria dos medicamentos utilizados pelos idosos é administrada por via oral, mas, de acordo com estudos anteriores, até um terço dos pacientes idosos de longa permanência têm dificuldades em engolir medicamentos. Portanto, atenção especial deve ser dada à forma farmacêutica, pois muitos medicamentos não devem ser cortados pela metade ou esmagados.

Para garantir que a administração de medicamentos seja sempre segura e eficaz, diretrizes e recomendações sempre devem ser seguidas. Além disso, os efeitos dos medicamentos devem ser monitorados continuamente em conjunto com o paciente ou seus familiares.

As unidades operacionais de saúde podem usar as informações produzidas pelo estudo no desenvolvimento de processos de medicação, aumentando a competência do pessoal de saúde e influenciando atitudes. As informações também são úteis para instituições de ensino no planejamento da educação básica e continuada na administração de medicamentos.

Acesse a notícia completa na página da Universidade de Oulu (em inglês).

Fonte: Universidade de Oulu. Imagem: Freepik.

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