Notícia

Descoberta assinatura molecular da Esclerose Lateral Amiotrófica

Novo estudo realizado na Itália identificou potenciais marcadores da progressão da Esclerose Lateral Amiotrófica

Pixabay

Fonte

Universidade de Roma Sapienza

Data

sábado, 30 janeiro 2021 18:40

Áreas

Biologia. Neurociências.

A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) também é conhecida como doença dos neurônios motores, porque causa uma perda gradual dessas células que comandam o movimento dos músculos. É uma doença degenerativa que leva progressivamente à paralisia e morte do paciente dentro de alguns anos do início dos sintomas.

No entanto, o desenvolvimento da doença não é o mesmo em todos os pacientes e, até agora, a base molecular que poderia explicar isso era desconhecida: muitos biomarcadores foram descritos para diferentes doenças neurodegenerativas, mas nenhum deles tinha uma correlação específica com a ELA.

Agora, com o trabalho sinérgico de vários centros de pesquisa clínica, coordenados pelo Dr. Antonio Musarò e pela Dra. Irene Bozzoni, da Universidade de Roma Sapienza, na Itália, e do laboratório do Instituto Pasteur-Itália, em colaboração com o Instituto Italiano de Tecnologia (IIT), os pesquisadores conseguiram identificar potenciais biomarcadores prognósticos da ELA. São moléculas de microRNA (miRNA) que não contêm informações para a formação de proteínas, mas que costumam ser alteradas em algumas condições patológicas e que também podem ser liberadas no sangue.

No estudo, publicado na revista científica Cell Death Discovery, cinco miRNAs foram selecionados e analisados ​​quantitativamente a cada três meses durante a progressão da doença. Os resultados mostraram que essas moléculas parecem ser preditivas do curso da doença. “Nosso estudo é o primeiro a quantificar os miRNAs que circulam em pacientes com ELA e a fazê-lo durante a progressão da doença, permitindo assim dar um significado prognóstico a três das cinco moléculas estudadas e representando uma base a partir da qual se pode iniciar o desenvolvimento de testes sorológicos para avaliação dessas moléculas em pessoas com ELA”, explicou o Dr. Antonio Musarò.

“Excelente integração de competências entre pesquisa e clínica”, acrescentou a Dra. Irene Bozzoni.

“Quantificar os níveis dessas moléculas – continuou o Dr. Musarò – pode auxiliar o manejo clínico desses pacientes. Os microRNAs que analisamos parecem ser a assinatura molecular da ELA e o uso de seus níveis séricos para dividir os pacientes de acordo com a agressão e a taxa de progressão da doença pode ser usado para inscrevê-los em ensaios clínicos de uma forma mais precisa, em relação a uma assinatura molecular específica”.

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade de Roma Sapienza (em italiano).

Fonte: Universidade de Roma Sapienza. Imagem: Pixabay.

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