Notícia

Descoberta promissora para pacientes com retinopatia diabética

Pesquisadores descobriram um processo celular que limpa e remodela os vasos sanguíneos danificados na retina, o que pode levar a um tratamento para a retinopatia diabética

Pixabay

Fonte

Universidade de Montreal

Data

segunda-feira, 31 agosto 2020 12:00

Áreas

Biologia Celular e Molecular. Doenças Oftalmológicas.

Um novo estudo esclareceu um processo celular que ocorre na retina de pessoas com retinopatia diabética. A descoberta pode levar ao desenvolvimento de um tratamento para essa grave complicação do diabetes.

A pesquisa foi conduzida pelo Dr. Przemyslaw Sapieha e Dr. François Binet, da Universidade de Montreal, no Canadá, em colaboração com o Dr. Frédérick Antoine Mallette e o Dr. Flavio Rezende, ambos do Centro de Pesquisas do l’Hôpital Maisonneuve-Rosemont (CR-HMR), além do Dr. Jean-Sébastien Joyal, do CHU Sainte-Justine Research Centre, afiliado à Universidade de Montreal e Dr. Jean-François Côté, do Instituto de Pesquisas Clínicas de Montreal (IRCM).

A retinopatia diabética é caracterizada pela degeneração vascular e, posteriormente, a formação de vasos sanguíneos anormais na retina. Essa proliferação vascular compromete as células nervosas que transportam informações dos olhos para o cérebro.

O estudo demonstra que, para interromper a proliferação vascular anormal, os vasos sanguíneos aplicam uma série de “freios” moleculares que são ativados de forma semelhante a uma versão acelerada do envelhecimento celular natural. Coletivamente, esses mecanismos culminam em um processo chamado senescência celular, que eventualmente causa cicatrizes nos tecidos da retina.

Quando em modo de senescência, os vasos sanguíneos produzem moléculas inflamatórias que se tornam alvos de células do sistema imunológico chamadas neutrófilos. Embora sejam os primeiros respondedores do sistema imunológico, o estudo mostra que os neutrófilos chegam na retina mais tarde para ajudar a limpar e remodelar os vasos sanguíneos danificados. Eles fazem isso por meio de um mecanismo celular não convencional de liberação de armadilhas extracelulares de neutrófilos (ou NETS) feitas de seu próprio DNA em vasos sanguíneos doentes.

De forma mais ampla, os resultados deste estudo implicam que a destruição dos vasos sanguíneos senescentes leva à remodelação vascular benéfica. O estudo, portanto, fornece informações sobre a função geral das células endoteliais e como elas predispõem as populações mais velhas a complicações como infarto do miocárdio, aterosclerose e derrames.

Os resultados foram publicados na revista científica Science.

Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade de Montreal (em inglês).

Fonte: Catherine Dion e Julie Gazaille, Universidade de Montreal. Imagem: Pixabay.

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