Notícia

Usando o poder das plantas na produção de testes de anticorpos para a COVID-19

Pesquisadores estão explorando a planta Nicotiana benthamiana por sua capacidade de produzir rapidamente proteínas de vírus, como as da COVID-19

Jacqueline Monaghan, Departamento de Biologia da Universidade Queen's

Fonte

Universidade de Victoria

Data

terça-feira, 1 setembro 2020 11:15

Áreas

Bioquímica. Diagnóstico, Doenças Infecciosas. Saúde Pública.

Para atender à demanda global pela proteína spike da COVID-19 necessária para kits de teste de anticorpos, o Dr. Peter Constabel, botânico da Universidade de Victoria, no Canadá, procurou uma fonte inesperada: uma planta “parente” do tabaco.

A Nicotiana benthamiana tem um superpoder incomum e fascinante: a capacidade de produzir proteínas virais rapidamente. O Dr. Constabel está se juntando ao bioquímico Dr. Alisdair Boraston, e às empresas Laboratórios bioLytical e ImmunoPrecise Antibodies, ambas do Canadá, para aplicar esse poder da planta na solução da escassez da proteína spike COVID-19 necessária para os testes de anticorpos.

Os testes, também conhecidos como testes de sorologia, podem detectar se o corpo de uma pessoa já respondeu a uma infecção como a COVID-19. Isso permite que um indivíduo saiba se teve uma infecção anterior e permite que as autoridades de saúde e os governos rastreiem e controlem a propagação da doença. Dado o grande número de casos assintomáticos de COVID-19, os testes de anticorpos são uma ferramenta essencial no combate à doença. No entanto, a produção em grande escala desses testes é cara e demorada, dependendo da produção de proteína spike usando culturas de células animais em laboratórios.

Esta planta de rápido crescimento pode oferecer uma solução, permitindo que a proteína spike seja produzida por plantas em estufas. A planta pode ser “enganada” para produzir proteínas de vírus, como a proteína spike da COVID-19, através da inserção dos genes do vírus na planta, usando uma bactéria como vetor. Conforme a planta cresce, ela produz as proteínas do vírus, que podem ser extraídas e purificadas para uso.

Os Laboratórios bioLytical e a ImmunoPrecise Antibodies irão caracterizar e testar a proteína spike produzida pela planta para estabelecer se ela pode ser usada efetivamente para testes de anticorpos.

O projeto, liderado pela Universidade de Victoria, é apoiado pela Aliança do Conselho de Pesquisa de Ciências Naturais e Engenharia do Canadá, que promove a colaboração entre a indústria e a academia para projetos que abordam especificamente a COVID-19.

Acesse a notícia completa na página da Universidade de Victoria (em inglês).

Fonte: Vimala Jeevanandam, Universidade de Victoria. Imagem: Nicotiana benthamiana. Fonte: Jacqueline Monaghan, Departamento de Biologia da Universidade Queen’s.

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