Destaque

Acúmulo de colesterol no cérebro apresenta novo alvo para reduzir o risco de demência por acidente vascular cerebral

Fonte

Universidade do Arizona

Data

sexta-feira. 21 janeiro 2022 12:45

Pesquisadores de Ciências da Saúde da Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, descobriram um tratamento potencial para reduzir o risco de demência pós-AVC, que pode ser influenciada pela resposta imune ao tecido cerebral morto deixado após um acidente vascular cerebral, de acordo com um estudo publicado na revista científica Journal of Neuroscience.

A equipe de pesquisa investigou a ciclodextrina, que é aprovada pela agência regulatória FDA para uso como componente em outros medicamentos. As propriedades químicas e a forma da ciclodextrina permitem que ela “cole” e armazene com segurança o colesterol sem provocar uma resposta inflamatória aumentada.

O estudo descobriu que o tratamento com ciclodextrina resultou em menor acúmulo de colesterol e inflamação no cérebro em modelos animais. A ciclodextrina também reduziu a neurodegeneração, protegeu a função da memória e reduziu a impulsividade, uma mudança de personalidade que pode ocorrer após o acidente vascular cerebral.

“A ciclodextrina ajudou a remover o colesterol derivado da quebra de células cerebrais mortas, diminuir a inflamação e melhorar a recuperação”, disse o Dr. Kristian Doyle, professor de Imunobiologia da Faculdade de Medicina da Universidade do Arizona e principal pesquisador do estudo.

Os derrames isquêmicos ocorrem quando os vasos sanguíneos do cérebro são bloqueados ou restritos, cortando o suprimento de oxigênio e nutrientes do cérebro e matando as células cerebrais. O pedaço de tecido morto resultante provoca uma resposta inflamatória, um processo normal no qual as células imunes respondem ao local de uma lesão para remover os restos de células mortas ou danificadas e iniciar o processo de cicatrização. Quando a inflamação é prolongada, no entanto, pode danificar o tecido saudável.

No caso de acidente vascular cerebral, a inflamação pode durar meses porque as células cerebrais contêm um nível relativamente alto de colesterol, que é de difícil remoção para as células imunológicas. À medida que as células imunológicas lutam para processar o colesterol acumulado liberado pelas células cerebrais mortas, elas atraem células imunológicas adicionais, elevando e prolongando a resposta imunológica, causando danos colaterais às células cerebrais saudáveis.

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade do Arizona (em inglês).

Fonte: Universidade do Arizona.

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