Destaque

Antibióticos podem ser terapia de primeira linha para casos de apendicite não complicada

Fonte

Universidade Duke

Data

segunda-feira. 20 dezembro 2021 15:10

Com vários estudos recentes demonstrando que os antibióticos funcionam tão bem quanto a cirurgia para a maioria dos casos de apendicite não complicada, a abordagem não cirúrgica agora pode ser considerada uma opção de rotina, de acordo com um artigo de revisão publicado na revista científica JAMA.

A descoberta, liderada pelo Dr. Theodore Pappas, professor do Departamento de Cirurgia da Escola de Medicina da Universidade Duke, nos Estados Unidos, cita o consenso de evidências de que os antibióticos tratam com sucesso até 70% dos casos de apendicite. A cirurgia, geralmente feita por laparoscopia, continua sendo a opção definitiva para pacientes saudáveis ​​com apêndice gravemente inflamado ou outros fatores que aumentem o risco de ruptura.

“A apendicite aguda é a emergência cirúrgica abdominal mais comum no mundo, atingindo cerca de um em cada 1.000 adultos. Até recentemente, a única opção de tratamento era a cirurgia, portanto, ter uma abordagem não cirúrgica para muitos desses casos tem um impacto significativo para os pacientes e para o sistema de saúde”, afirmou o Dr. Pappas.

O pesquisador disse que os critérios para determinar a melhor abordagem de tratamento são sutis, mas não excessivamente difíceis. Casos de apendicite – marcados por dor abdominal que frequentemente migra para o lado inferior direito, náuseas e vômitos e febre baixa – são confirmados com ultrassom e/ou tomografia computadorizada.

Se os exames não mostrarem complicações, a maioria desses pacientes pode receber antibióticos em vez de se submeter a uma apendicectomia. Os antibióticos também podem ser uma terapia de primeira linha para pacientes com sintomas graves, mas que têm idade mais avançada ou têm condições médicas que adicionam riscos às cirurgias.

“Achamos que 60% a 70% dos pacientes serão bons candidatos para a consideração de antibióticos. Muitas pessoas observam que as preferências do paciente podem ser incluídas na decisão, por isso é importante fornecer a literatura e educar o público”, destacou o professor.

O Dr. Pappas acrescentou que os antibióticos nem sempre conseguem uma cura completa. Em cerca de 40% dos casos, os pacientes que se recuperam de um surto de apendicite após receberem antibióticos têm outro episódio e, eventualmente, precisam de cirurgia.

“É importante levar em consideração cada caso e é um contexto único quando consideramos as preferências do paciente. Se alguém apresentar apendicite e for ao casamento do irmão no dia seguinte, os antibióticos podem ser uma boa opção. Se eles têm apendicite e estão planejando ir para a zona rural do Alasca no próximo ano, eles podem considerar uma apendicectomia, já que a condição pode voltar”, concluiu o Dr. Theodore Pappas.

Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade Duke (em inglês).

Fonte: Sarah Avery, Universidade Duke.

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