Destaque

Brasil e EUA concedem patente de fitomedicamento desenvolvido na UFG

Fonte

UFG | Universidade Federal de Goiás

Data

quinta-feira. 29 abril 2021 09:35

O ano de 2021 começou com novidades para as Faculdades de Farmácia e Odontologia da Universidade Federal de Goiás (UFG): o pedido de registro de patente de um medicamento para tratamento de uma condição comum em pacientes em tratamentos quimioterápico/radioterápico: a mucosite.

O medicamento denominado Fitoprot teve sua patente concedida, em janeiro, nos Estados Unidos e, em março, no Brasil. A coordenadora do projeto de pesquisa que criou o medicamento, a Dra. Marize Campos Valadares, professora de Toxicologia da UFG, contou que a ideia era buscar uma solução para o tratamento da doença, que é uma reação adversa ao tratamento quimioterápico/radioterápico que atinge quase 100% dos pacientes em tratamento. A proposta surgiu das inúmeras discussões sobre a ausência de terapias medicamentosas efetivas para esta condição, que, quando se agrava, diminui a qualidade de vida e as chances de tratamento dos pacientes com câncer.

A professora relata que, nos estudos clínicos, a forma farmacêutica investigada foi a de um enxaguatório bucal, que possui propriedade mucoadesiva, ou seja, fica por mais tempo no local de ação, a mucosa. Ela explica que outra apresentação também foi formulada e estudada: a pomada. “A patente protege e nos dá o privilégio de exclusividade na exploração comercial do Fitoprot, que pode compreender diversas formas farmacêuticas, incluindo soluções e pomadas. O Fitoprot é um fitomedicamento inovador, 100% idealizado e desenvolvido por pesquisadores e indústria goiana com sua eficácia cientificamente demonstrada para tratar a mucosite oral”, destacou a pesquisadora.

De acordo com a professora, “a mucosite é uma inflamação dolorosa e debilitante de todo o trato gastrointestinal que pode variar de leve vermelhidão da mucosa até ulcerações graves. Isso acontece porque, geralmente, os medicamentos para o tratamento do câncer não são específicos contra as células do tumor, ou seja, destroem as células tumorais, mas também lesam células normais. As células normais de renovação constante, como as gastrointestinais, sofrem a ação desses medicamentos/radioterapia, o que ocasiona o surgimento da mucosite”. Essa condição pode causar ao paciente a incapacidade de se alimentar, má nutrição, perda de peso e desidratação, além de aumentar a chance de ele adquirir uma infecção oportunista. A mucosite pode limitar a eficácia do tratamento do câncer, aumentar os custos de hospitalização, e pode até levar à interrupção dos protocolos quimioradioterápicos, o que reduz as chances de cura e sobrevida dos pacientes.

Acesse a notícia completa na página da UFG.

Fonte: Luciana Santal, Jornal UFG.

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