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Especialista do HC da UFPE alerta para prevenção e controle do superfungo Candida auris
Identificado pela primeira vez no Japão em 2009, Candida auris (C. auris) é um fungo que tem causado preocupação global por sua disseminação pelos continentes, capacidade de resistência aos medicamentos antifúngicos existentes e dificuldade de identificação. Sobre o assunto, a Dra. Suennya Brito, médica infectologista do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (HC-UFPE/Ebserh) alerta para a prevenção e controle do superfungo, uma vez que Pernambuco registrou mais dois novos casos no dia 5 de junho, o que elevou para nove o número de ocorrências no Estado para o ano de 2023.
“Por ser um fungo com todas essas características, é de altíssima vigilância. Na suspeita, a gente já deflagra todas as medidas cabíveis para controle, prevenção e diagnóstico. O grande problema é que os métodos convencionais de diagnóstico não conseguem identificar ou fazer diagnósticos diferenciais do fungo, então, a gente precisa de métodos mais específicos e às vezes até mais caros, que são outros agravantes. Mas não é nada para que fiquemos desesperados”, explicou a médica infectologista.
De acordo com a especialista, a colonização ou a infecção de C. auris atinge um grupo muito específico, que são os indivíduos hospitalizados, chegando a causar outras doenças mais graves. No entanto, é fundamental que os indivíduos saudáveis estejam atentos às notícias, a fim de obter um melhor entendimento sobre o fungo. “A identificação do fungo está relacionada a pacientes com fatores de risco: internamento prolongado, dispositivos invasivos ou condições imunossupressoras. Já os pacientes saudáveis ou pessoas da comunidade, o risco de colonização e adoecimento por C. auris é muito pequeno”, acrescentou.
O fungo geralmente não apresenta sintomas em paciente que está colonizado – quando o fungo está presente no corpo, mas não adoece o indivíduo. Mas, lesões na pele, feridas ou o uso de cateteres no ambiente hospitalar podem proporcionar a entrada do fungo no corpo, permitindo que ele alcance a corrente sanguínea e cause uma infecção.
A prevenção de C. auris é realizada através das medidas de higienização, que incluem lavar as mãos com água e sabão, uso de aventais e luvas e limpeza do quarto onde estão os pacientes com os saneantes adequados, e da colaboração mútua dos profissionais, familiares e pessoas próximas dos infectados para garantir a eficácia das precauções adotadas. “Não precisamos ter uma postura de esperar, mas de antecipar em todos os cuidados, nas medidas de prevenção e controle por surto”, concluiu a Dra. Suennya.
Acesse a notícia na página da Universidade Federal de Pernambuco.
Fonte: Ascom, UFPE.
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