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Estudo avalia resposta ao tratamento de pacientes com hemofilia A
A hemofilia A é uma doença hereditária, mais frequente em homens, caracterizada por problemas de coagulação do sangue, como sangramentos espontâneos, em razão da redução ou da ausência no organismo de uma proteína chamada fator VIII. Segundo o último levantamento do Ministério da Saúde, de 2021, mais de 11 mil pessoas têm essa enfermidade no Brasil ‒ o país tem a quarta população com hemofilia A no mundo.
A administração do fator VIII é usada tanto para tratar como para evitar os sangramentos. Porém, até um terço das pessoas com hemofilia A pode desenvolver anticorpos contra o fator VIII, o que neutraliza o efeito terapêutico dessa proteína.
O Dr. Ricardo Mesquita Camelo, autor de pesquisa realizada no Programa de Pós-graduação em Ciências Aplicadas à Saúde do Adulto da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), analisou a efetividade da aplicação de doses intravenosas da proteína fator VIII em pessoas com hemofilia A que têm menos de 1% da quantidade normal da substância no organismo.
O pesquisador explicou que o estudo avaliou o tratamento conhecido como indução de imunotolerância, que busca acabar com a produção de anticorpos contra o fator VIII. Os resultados mostraram que a terapia adotada no Brasil, totalmente financiada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), tem efetividade semelhante à realizada em outros países que adotam protocolos mais intensivos.
A pesquisa, realizada sob orientação da Dra. Suely Meireles Rezende, professora da Faculdade de Medicina da UFMG, contou com financiamento do Fundo Nacional de Saúde e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e foi reconhecida com menção honrosa no Prêmio Capes de Tese 2023, iniciativa da Comissão de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).
Acesse a notícia completa na página da Universidade Federal de Minas Gerais.
Fonte: Aqui tem Ciência, Rádio UFMG Educativa.
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