Destaque

Estudo mostra reversão dos efeitos causados pela Toxoplasma gondii

Fonte

UEM | Universidade Estadual de Maringá

Data

sábado. 24 abril 2021 07:40

O artigo “A rosuvastatina reverte o comprometimento da memória e efeito do tipo ansiogênico em camundongos infectados com o cepa ME-49 crônica de Toxoplasma gondii”, desenvolvido no doutorado do Programa Ciências da Saúde da Universidade Estadual de Maringá (UEM), foi publicado recentemente na revista científica Plos One.

O trabalho foi desenvolvido na área de doenças infecciosas e parasitárias, seguindo a linha de pesquisa zoonoses e outras parasitoses de interesse médico, pela doutoranda Fernanda Evangelista, em parceria com a Universidade Estadual de São Paulo (Unesp) de Araraquara. O objetivo foi desenvolver novos tratamentos para Toxoplasmose, investigando o efeito do tratamento com rosuvastatina na memória e o efeito ansiogênico em camundongos cronicamente infectados com o parasita Toxoplasma gondii.

O experimento durou cerca de 50 dias, tempo necessário para a cronificação dos animais e para o tratamento, que teve duração de 21 dias consecutivos.

“Concluímos que a infecção por Toxoplasma gondii em camundongos aumentou comportamentos semelhantes à ansiedade e prejudicou a memória de curto e longo prazo. Porém o tratamento com a rosuvastatina reverteu esses dois efeitos. Além disso, a rosuvastatina reduziu a carga parasitária no cérebro (os cistos) e atenuou os sinais de inflamação cerebral (meningite, proliferação microglial, infiltração de células inflamatórias e danos aos tecidos)”, explicou Fernanda Evangelista.

Esse é primeiro estudo que investiga o tratamento com rosuvastatina e os seus efeitos no comprometimento da memória e da ansiedade provocado pela infecção pela cepa de Toxoplasma gondii ME-49.

A partir desse artigo, o grupo está dando continuidade à linha de pesquisa. “Já estamos desenvolvendo outros estudos com genótipos de Toxoplasma gondii diferentes, principalmente cepas encontradas no Brasil, pois é de extrema importância dar continuidade e futuramente podermos associar estes achados com estudos clínicos com humanos, sugerindo assim até um tratamento para a toxoplasmose na fase crônica, que ainda não foi encontrado”, justificou Fernanda Evangelista.

Todos os procedimentos neste estudo foram realizados de acordo com as recomendações das diretrizes institucionais de ética animal e foram aprovados pelo Comitê de Ética na Utilização de Animais (CEUA-UEM).

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da UEM.

Fonte: Camila Cantoia Dorna, Assessoria de Comunicação Social da UEM.

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