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Ferramenta inédita fornece avaliação em tempo real sobre o crescimento de tumores entre exames
Muitos pacientes com glioblastoma (GBM), o tipo mais comum e agressivo de tumor cerebral cancerígeno em adultos, e outros tipos de câncer, experimentam uma sensação de insegurança e vulnerabilidade relacionada aos exames.
“Ao contrário de outros tipos de câncer, não podemos fazer biópsias cerebrais a cada poucos meses para monitorar um tumor, e por isso temos que confiar em exames, como ressonância magnética ou PET”, disse o Dr. Suyash Mohan, professor associado de Radiologia na Escola de Medicina da Universidade da Pensilvânia (UPenn), nos Estados Unidos, e especialista em neurorradiologia. “Muitos pacientes vivem da expectativa entre os exames, esperando que seu tumor responda positivamente ao tratamento, mas temem que ele possa retornar agressivamente a qualquer momento. Quando a sua esperança de vida é apenas uma questão de meses, cada mês conta no tratamento deste câncer desafiador.”
Num esforço para avaliar de forma mais eficaz o câncer individual de um paciente e fornecer tratamentos personalizados e direcionados, O Dr. Suyash Mohan colaborou com o Dr. Steven Brem, professor de Neurocirurgia da UPenn, e colegas para desenvolver a primeira ferramenta que fornece uma avaliação em tempo real do tumor.
Embora não haja cura conhecida para o GBM, muitos tratamentos – como a imunoterapia – podem ser eficazes. Mas tratamentos como esses também podem causar inflamação no cérebro, que pode aparecer em exames cerebrais – como a ressonância magnética (MRI) ou a tomografia por emissão de pósitrons (PET)- como crescimento tumoral, também conhecido como pseudoprogressão (PsP). Esta PsP é difícil de diagnosticar e dificulta a determinação rápida e precisa dos planos de tratamento.
A nova ferramenta criada pelos pesquisadores atua como um ‘termômetro’ que interpreta simultaneamente múltiplas sequências avançadas de imagens de ressonância magnética usando inteligência artificial para ler a resposta do tumor de um paciente ao tratamento e gerar uma ‘pontuação’ naquele determinado momento. Os médicos podem então usar esta pontuação, ou ‘temperatura’, para orientar a tomada de decisões terapêuticas. Como o ‘termômetro’ recebe informações de vários parâmetros de varredura, cada um medindo um processo fisiológico ou metabólico único, ele é capaz de filtrar o ruído, ou seja, a inflamação ou outras alterações relacionadas ao tratamento de um tumor, e ajudar os médicos a tratar o GBM com precisão.
A nova ferramenta não só pode ajudar os médicos a reagir rapidamente à progressão precoce do tumor, alterando as terapias ou tratando a PsP de forma conservadora, mas também pode ajudar a aliviar a incerteza e o stress dos pacientes e dos seus entes queridos.
Acesse a notícia completa na página da Universidade da Pensilvânia (em inglês).
Fonte: Kelsey Geesler, Escola de Medicina da Universidade da Pensilvânia.
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