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Fiocruz diferencia embalagens de medicamentos para evitar superdosagem

Fonte

Fiocruz | Fundação Oswaldo Cruz

Data

domingo. 18 junho 2023 15:00

O Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) iniciou, em 2023, um projeto que diferencia as embalagens de medicamentos de acordo com a sua dosagem. Os primeiros a passarem por essa modificação foram os blisters – embalagens em alumínio – da isoniazida, para o tratamento da tuberculose, e da primaquina, para malária. O objetivo é evitar possíveis enganos no uso do medicamento e, assim, a superdosagem.

O projeto foi estabelecido como um método para auxiliar os usuários desses medicamentos. “O objetivo é facilitar a visualização de cada dosagem, sem que haja confusões no dia a dia das pessoas que fazem uso desses medicamentos. No caso destas doenças, é comum que pessoas que convivam na mesma casa estejam em tratamento ao mesmo tempo. Por isso, a mesma família pode receber as duas concentrações dos medicamentos, a fim de tratar os diferentes indivíduos com pesos diversos. A isoniazida 300 mg, por exemplo, toma-se apenas uma vez ao dia, devido à sua alta dosagem, o que não acontece com a de 100 mg, com a qual as pessoas já estavam acostumadas”, disse Alessandra Esteves, coordenadora de Desenvolvimento Tecnológico de Farmanguinhos/Fiocruz.

A modificação, portanto, foi feita seguindo o padrão de dosagens. Os medicamentos com menores concentrações, como é o caso da primaquina 5mg e a isoniazida 100mg, foram identificados pela cor amarela aplicada ao blister. Já os medicamentos de maior concentração, à exemplo da primaquina 15mg e a isoniazida 300mg, apresentam a cor azul em seus blisters.

Anteriormente, o Instituto já havia optado por distribuir o medicamento isoniazida 300mg, utilizando cintas vermelhas de atenção à alta dosagem. No entanto, além de serem onerosas aos cofres públicos, a ação era pouco efetiva, visto que ao serem retiradas já não faziam mais o alerta necessário.

Responsável pela mudança, a equipe do Departamento de Desenvolvimento de Embalagens de Farmanguinhos/Fiocruz levou cerca de um ano para a conclusão da nova proposta. A alternativa foi apresentada para o Ministério da Saúde (MS) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), ainda em 2022, quando foi aprovada. “Nós tivemos que lidar com algumas questões que iam desde o material da impressão até a legibilidade das informações do produto. Nós tínhamos cores estabelecidas dentro do Manual da Anvisa, mas que não performavam tão bem no alumínio. Faltava contraste. Então, mudamos o tom desses matizes e permanecemos dentro da esfera do laranja, azul e rosa, mas com um contraste maior com o fundo. Trazendo legibilidade e nitidez”, disse José Eduardo Tavares, responsável técnico de embalagens de Farmanguinhos.

Acesse a notícia completa no Portal da Fiocruz.

Fonte: Farmanguinhos/Fiocruz.

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