Destaque

No Amazonas, pesquisa analisa condição genética em pacientes para tratamento eficaz da malária

Fonte

FAPEAM | Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas

Data

sexta-feira. 24 março 2023 18:35

Um estudo realizou o levantamento inédito da proporção da deficiência de G6PD (glicose-6-fosfato desidrogenase), condição genética caracterizada por afetar o sistema de proteção das células humanas, na população de Manaus e em mais 12 municípios do Amazonas. A pesquisa analisou mais de 2,4 mil pessoas, das quais 4% apresentaram algum nível de comprometimento de G6PD. O projeto contou com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM).

Segundo o Dr. Wuelton Monteiro, coordenador do estudo e pesquisador da Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD), portadores dessa deficiência precisam de um monitoramento especial em caso de contrair a malária, devido ao organismo de pessoas com essa condição não conseguir realizar a defesa de radicais livres (moléculas que causam doenças degenerativas de envelhecimento no corpo humano), gerados pela primaquina, medicamento utilizado no tratamento da malária.

“A pesquisa revelou informações importantes para subsidiar o tratamento seguro da malária na Amazônia. Até a realização deste estudo, nós não sabíamos bem o quanto de deficiência de G6PD nossa população no Amazonas tem, pois pouquíssimos estudos tinham sido feitos sobre o assunto”, explicou o pesquisador.

Ciência para saúde

Com isso, a amostragem dessa condição genética em cidades do estado trouxe informações fundamentais para prevenir incidentes e permitir o correto tratamento da malária, no caso de pessoas com G6PD também serem infectadas pela doença.

Ainda de acordo com o pesquisador, o estudo demonstrou que, num eventual cenário em que pacientes tiverem, simultaneamente, deficiência de G6PD e malária, precisarão tomar doses menores de primaquina e por mais tempo, com a finalidade de diluir a dosagem total do medicamento ao longo de oito semanas de tratamento, diferentemente de sete dias, como no caso de pessoas sem deficiência de G6PD.

G6PD

A deficiência de G6PD é causada por alteração genética que leva a uma diminuição da quantidade da enzima glicose-6-fosfato desidrogenase no corpo humano. Não há cura para a doença. O que deve ser feito é evitar os fatores que desencadeiam o aumento de radicais livres no corpo, como estresse e doenças infecciosas.

Acesse  a notícia completa na página da FAPEAM.

Fonte: Tiago Auzier, Decon FAPEAM.

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