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No Canadá, novo investimento viabiliza Fase II de testes em humanos de vacina inalável contra a COVID-19
Pesquisadores da Universidade McMaster, no Canadá, estão recebendo mais de $ 8 milhões (cerca de R$ 30,6 milhões) em financiamento dos Institutos Canadenses de Pesquisa em Saúde (CIHR), para avançar para a Fase II de testes em humanos de vacina contra a COVID-19 de última geração, aplicada por aerossol.
A nova vacina inalável, com potencial para induzir imunidade mucosa robusta contra cepas do SARS-CoV-2, incluindo a variante ômicron e outras variantes preocupantes, é totalmente canadense, desde o design e a biofabricação no Laboratório de Vetores da Universidade McMaster até as fases pré-clínica e clínica conduzidas por uma equipe de especialistas em doenças infecciosas e imunologia.
Ensaios pré-clínicos mostraram que a vacina inalável é muito mais eficaz na indução de respostas imunes protetoras do que as injeções tradicionais, em parte porque tem como alvo os pulmões e as vias aéreas superiores, onde os vírus entram no corpo pela primeira vez, fornecendo proteção duradoura contra infecções respiratórias.
“Há uma necessidade premente de desenvolver novas estratégias de vacinas de próxima geração mais eficazes”, disse a Dra. Karen Mossman, vice-presidente de pesquisa da Universidade McMaster.
Durante a Fase I dos testes em humanos, os pesquisadores estão avaliando a segurança e os níveis de dose da vacina inalável em 30 voluntários saudáveis, que receberam pelo menos duas doses de uma vacina de mRNA.
Um grande estudo de Fase 2 avaliará ainda mais a segurança e as respostas imunes e deve começar nos próximos meses. Nesta fase, o estudo envolverá até 500 participantes que receberam pelo menos três doses de uma vacina de mRNA e incluirá aqueles que são mais velhos, têm comorbidades e podem ter um histórico anterior de infecção por COVID-19.
“Se pudermos mostrar que a nova vacina inalável é segura e eficaz, como prevemos, o impacto será significativo para a saúde humana, custos médicos e melhor qualidade de vida”, disse a Dra. Fiona Smaill, professora do Departamento de Patologia e Medicina Molecular da Universidade McMaster, que está liderando os testes juntamente com os colegas Dr. Matthew Miller, diretor científico do Michael G. DeGroote Institute for Infectious Disease Research; Dr. Zhou Xing e Dr. Brian Lichty, professores de Medicina, além de colaboradores da Universidade Dalhousie e da Universidade de Ottawa, também no Canadá.
Os pesquisadores estão preocupados com o declínio da aceitação de vacinas de reforço, que faz parte de uma fadiga pandêmica mais ampla, e eles antecipam que uma vacina sem agulha e sem dor será muito mais atraente e conveniente.
A nova estratégia de vacinas posicionará o Canadá na vanguarda para enfrentar novos estágios da atual pandemia e se preparar para a próxima pandemia, ao mesmo tempo em que avança na compreensão do desenvolvimento de novas vacinas inaláveis contra outras infecções, como tuberculose e influenza, concluíram os pesquisadores.
Acesse a notícia completa na página da Universidade McMaster (em inglês).
Fonte: Michelle Donovan, Universidade McMaster.
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