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Nova análise unicelular de células-tronco leucêmicas
Um novo método permite que as células-tronco e as células-tronco cancerosas sejam estudadas ao nível de uma única célula e os clones de células resultantes sejam rastreados diretamente. O método foi desenvolvido por cientistas do Instituto de Células-tronco do Centro Alemão de Pesquisa do Câncer (DKFZ), do Laboratório Europeu de Biologia Molecular (EMBL) e do Centro de Regulação do Genoma em Barcelona, Espanha. Estudando milhares de células individuais em paralelo, os pesquisadores combinaram a análise das mutações genômicas do câncer com os perfis de expressão associados.
Ao contrário da crença popular, as células cancerosas não são imortais, nem podem se dividir indefinidamente: as células cancerosas maduras, que constituem a maior parte de um tumor, se dividem rapidamente, mas após várias divisões celulares sua capacidade se esgota. As células-tronco cancerosas, por outro lado, podem fornecer reposição de células tumorais maduras por décadas. As células-tronco cancerosas estão em sua maioria dormentes, não se dividem e, portanto, escapam dos efeitos de muitas terapias contra o câncer. Portanto, a recorrência do câncer geralmente ocorre após o que inicialmente parecia ser uma terapia bem-sucedida.
As células-tronco cancerosas são muito raras e, portanto, muito difíceis de isolar e estudar. Além disso, estão intimamente relacionados com as células-tronco normais, que garantem a capacidade regenerativa dos tecidos. Isso complica o desenvolvimento de medicamentos necessários que têm como alvo as células-tronco cancerosas sem prejudicar as células-tronco dos tecidos importantes.
A equipe internacional desenvolveu um método para distinguir entre células-tronco cancerosas, células cancerosas maduras e células-tronco de tecidos saudáveis. Os pesquisadores analisaram as mutações do câncer no genoma das células e a expressão do gene na mesma célula: o perfil de expressão indica se as células são células-tronco ou células maduras. O perfil de mutação, por outro lado, distingue as células-tronco cancerosas e as células cancerosas maduras resultantes, chamadas de clones cancerígenos, das células saudáveis.
Com este método, denominado MutaSeq, os cientistas examinaram milhares de células individuais em paralelo, reunindo informações de todo o genoma. A técnica permite gerar rapidamente um perfil molecular muito detalhado de tecidos e cânceres complexos, abrindo a possibilidade para abordagens de pesquisa completamente novas.
O MutaSeq foi usado pela primeira vez para estudar células da medula óssea de pacientes com leucemia mieloide aguda (LMA). Os cientistas foram capazes de identificar células-tronco normais do sangue, bem como células-tronco leucêmicas, e também os precursores das células-tronco leucêmicas. Além disso, eles foram capazes de distinguir células progenitoras, que surgem das divisões de células-tronco saudáveis, de blastos leucêmicos, que surgem das divisões de células-tronco leucêmicas.
Os cientistas descobriram células-tronco de leucemia que eram extremamente relacionadas às células-tronco saudáveis do sangue. Isso ilustra a grande dificuldade em desenvolver substâncias ativas que atacam especificamente as células-tronco cancerosas, mas não prejudiquem as células-tronco saudáveis do sangue. No entanto, os cientistas também encontraram um gene em suas análises que desempenha um papel em todos os precursores da leucemia, mas não em células-tronco saudáveis do sangue e, portanto, justifica uma investigação mais detalhada.
Os resultados do estudo foram publicados na revista científica Nature Communications.
Acesse o artigo científico completo (em inglês).
Acesse a notícia completa na página do Centro Alemão de Pesquisa do Câncer (em inglês).
Fonte: Koh, Centro Alemão de Pesquisa do Câncer.
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