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Nova descoberta mostra que células cerebrais conduzem ação antidepressiva mesmo na ausência de atividade
Pesquisadores estão um passo mais perto de compreender a fisiologia da ação antidepressiva no cérebro. Eles confirmaram que, mesmo quando as células cerebrais não estão ativas, elas desencadeiam a produção de proteínas que afetam a função das células e dos circuitos neurais. O trabalho foi realizado nos laboratórios do Dr. Ege Kavalali, professor e chefe do Departamento de Farmacologia e da Cátedra em Terapêutica Experimental, e da Dra. Lisa Monteggia, professora de Farmacologia, ambos da Universidade Vanderbilt, nos Estados Unidos.
“É surpreendente ver que as células cerebrais sem atividade iniciam a transcrição do gene”, disse a Dra. Lisa Monteggia. “Entre nossas descobertas mais interessantes, mostramos que não é um grande número de genes que foram alterados por um mecanismo independente de atividade, no entanto, esses genes estão frequentemente envolvidos na ativação de outros genes depois deles.”
O trabalho analisa o fator neurotrófico derivado do cérebro, um fator de crescimento crítico para a ação dos antidepressivos. Este trabalho mostra pela primeira vez que, independente da atividade, a expressão do BDNF (Fator neurotrófico derivado do cérebro) ainda pode ser regulada. Este novo entendimento se baseia na pesquisa mais recente da Dra. Monteggia sobre como a droga cetamina atua como um antidepressivo e seus efeitos de curto e longo prazo. Também tomou forma a partir de pesquisas anteriores no laboratório do Dr. Kavalali, que examinaram o papel crucial da neurotransmissão espontânea no cérebro.
Descoberta importante
A depressão, que a Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que custa US $ 1 trilhão anualmente em perda de produtividade, afeta 264 milhões de pessoas em todo o mundo. Os tratamentos atuais não são eficazes em aproximadamente metade dos pacientes, e a população resistente ao tratamento da depressão tem um risco muito maior de suicídio. A Dra. Monteggia está conduzindo esta pesquisa funcional para encontrar maneiras de mitigar a perda desnecessária e evitável de vidas.
Pesquisas científicas básicas, como as da professora Lisa Monteggia e do professor Ege Kavalali, estabelecem as bases para entender por que o corpo funciona mal e como funcionam os medicamentos. Ao propor uma hipótese testável que resulta em uma nova compreensão do processo fundamental do cérebro, cientistas podem se envolver no desenvolvimento de medicamentos mais inteligentes com o objetivo de fornecer opções de tratamento mais rápidas ou duradouras.
Os resultados da pesquisa foram publicados na revista científica Cell Reports.
Acesse o artigo científico completo (em inglês).
Acesse a notícia completa na página da Universidade Vanderbilt (em inglês).
Fonte: Marissa Shapiro, Universidade Vanderbilt.
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