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Novas descobertas mostram eficácia da vacina meningocócica B contra a gonorreia
Pesquisadores da Universidade de Adelaide, na Austrália, descobriram que a vacina meningocócica B pode melhorar a proteção contra a gonorreia, além da proteção contra a meningite meningocócica B.
Essa descoberta significativa, em um estudo conjunto com o Women’s and Children’s Hospital, coincide com o aumento dos casos de gonorreia em todo o mundo e o aumento da resistência bacteriana aos medicamentos usados para tratar a infecção.
Liderado pela Dra. Helen Marshall, professora de Vacinologia da Universidade de Adelaide e médica sênior do Women’s and Children’s Hospital, na Austrália, o estudo observacional descobriu que duas doses da vacina meningocócica B tiveram eficácia de 33% contra a gonorreia em adolescentes e adultos jovens.
A professora Marshall disse que a pesquisa visa reduzir não apenas a infecção por gonorreia, mas também os efeitos em longo prazo da gonorreia, incluindo infertilidade, doença inflamatória pélvica e cegueira em bebês nascidos de mães infectadas.
“Com mais de 106 milhões de casos de gonorreia em todo o mundo e aumentando rapidamente, a questão está firmemente na agenda da Organização Mundial da Saúde”, disse a professora Helen Marshall.
“Esta pesquisa alimentará o roteiro de vacinas da OMS para avaliar as evidências sobre a capacidade das vacinas de prevenir a gonorreia. Tradicionalmente, o tratamento da gonorreia dependia de antibióticos, mas como estes se tornaram cada vez menos eficazes devido a cepas resistentes a antibióticos, é vital explorar medidas novas e aprimoradas para combater essa infecção. Na Austrália Meridional, onde temos um programa de vacina meningocócica B (MenB) financiado pelo estado para bebês, crianças e adolescentes desde 2019, pudemos observar que sua eficácia contra a gonorreia em adolescentes é de cerca de 33%. Dois anos após a introdução do programa de vacinas MenB financiado pelo estado, já estamos observando alta eficácia contra a doença meningocócica B e também eficácia moderada na prevenção da gonorreia”, disse a professora.
“A escala sem precedentes do programa de vacinação MenB na Austrália Meridional oferece evidências valiosas do mundo real sobre a eficácia da vacina contra a meningite meningocócica B em crianças e adolescentes e contra a gonorreia em adolescentes e jovens. Essas informações são vitais para informar os programas globais de vacinação contra a meningite e as decisões políticas”, continuou a pesquisadora.
Se não for controlada, a gonorreia pode se espalhar para o sangue e causar infecção gonocócica disseminada (DGI). A DGI é geralmente caracterizado por artrite, tenossinovite e/ou dermatite e, em última análise, a condição pode ser fatal. A pesquisa liderada pela professora Helen Marshall foi publicada na revista científica The Lancet Infectious Diseases.
Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).
Acesse a notícia completa na página da Universidade de Adelaide (em inglês).
Fonte: Lee Gaskin, Universidade de Adelaide.
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