Destaque

Novo método oferece detalhes sem precedentes no rastreamento da atividade de proteínas em células vivas

Fonte

Universidade Stanford

Data

sábado. 8 julho 2023 11:10

Os planos genéticos no interior do DNA se concretizam funcionalmente por meio de proteínas, que fundamentam a estrutura e a atividade do corpo. No entanto, o proteoma – todas as proteínas dentro de uma célula ou determinada área – permanece relativamente misterioso porque as formações de proteínas são incrivelmente complexas. Os seres humanos, por exemplo, produzem dezenas de milhares de proteínas diferentes.

Para ajudar a decifrar essa complexidade, uma equipe de pesquisadores da Universidade Stanford, nos Estados Unidos, liderou o desenvolvimento de um novo método, chamado TransitID, para rastrear a atividade completa de proteínas em células vivas. O método foi detalhado em artigo publicado recentemente na revista científica Cell.

As técnicas existentes para esta tarefa, microscopia e proteômica de espectrometria de massa, permitem aos cientistas estudar apenas um conjunto de proteínas por vez em uma célula viva ou fornecem um instantâneo muito detalhado, mas ainda assim, de todas as proteínas em uma célula morta.

“Nossa nova técnica permite combinar os pontos fortes da proteômica de microscopia e espectrometria de massa, observando amostras vivas – incluindo sua dinâmica à medida que se movem e funcionam – e vendo de maneira imparcial todas as proteínas ao mesmo tempo”, disse a Dra. Alice Ting, professora de Genética na Escola de Medicina de Stanford, professora de Biologia na Escola de Humanidades e Ciências de Stanford e autora sênior do artigo. “Não havia métodos que combinassem esses pontos fortes antes”, destacou a pesquisadora.

O Método TransitID também funciona em proteínas que se movem entre as células. O rastreamento de proteínas com esse nível de detalhe e vivacidade pode revelar informações incalculáveis sobre como as células se comunicam. Além disso, existem aplicações óbvias para a pesquisa de várias doenças e tratamentos, inclusive nas áreas de câncer e doenças neurodegenerativas.

“É empolgante que existam aplicações tão amplas”, disse Joleen Cheah, doutoranda da Universidade Stanford e coautora principal do artigo. “Já recebemos muitas perguntas sobre o TransitID e estabelecemos muitas colaborações com outros laboratórios interessados em usar o método”, concluiu.

Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade Stanford (em inglês).

Fonte: Taylor Kubota, Universidade Stanford.

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