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Novo rastreamento de câncer com imagens PET promete detectar tumores mais precocemente
Para as pessoas que esperam por exames de imagem para diagnosticar o câncer neuroendócrino, o tempo é essencial. Recentemente, graças a pesquisadores da Universidade de Alberta, no Canadá, um novo ‘rastreador’ de imagens médicas de Tomografia por Emissão de Pósitrons (PET) promete reduzir o tempo de espera, ao mesmo tempo em que custa menos para produzir e possivelmente revela mais alguns tipos de tumores.
O Dr. Ralf Schirrmacher, professor de Imagem Oncológicas e membro do Cancer Research Institute of Northern Alberta, e sua equipe no Medical Isotope and Cyclotron Facility da Universidade de Alberta têm usado um ciclotron de última geração – uma máquina que já fornece isótopos médicos usados em exames de diagnóstico – para criar um novo composto de imagem que revelará tumores cancerígenos quando os pacientes receberem um exame PET ou PET-MRI.
O uso de quantidades extremamente baixas de material radioativo como ‘rastreadores’ diagnósticos em imagens de câncer não é novo, mas os pesquisadores estão trabalhando continuamente em novos produtos químicos para tornar esses radiomarcadores mais seguros, confiáveis e eficazes.
O novo radiomarcador, marcado com flúor-18, é bom para localizar tumores neuroendócrinos – tumores cancerígenos que podem aparecer em qualquer parte do corpo, mas são encontrados com mais frequência nos intestinos, pulmões, pâncreas e estômago.
Reduzir tempos de espera leva tempo
O Dr. Schirrmacher disse que o flúor-18 é uma melhoria em comparação com outros radioisótopos usados atualmente, como o gálio-68. O gálio radioativo requer um gerador especial. Além disso, muitas vezes há escassez de suprimentos e o uso do gerador de gálio é restrito a uma quantidade limitada, o que significa que apenas dois a três pacientes por dia podem receber um exame médico.
“Temos sorte, temos acesso a dois ciclotrons AHS – um aqui na Universidade de Alberta e outro no Cross Cancer Institute também”, observou o Dr. Schirrmacher, que também é membro do Women and Children’s Health Research Institute. “Poderíamos fazer um lote pela manhã e atender 10 pacientes, para reduzir substancialmente o tempo de espera dos pacientes.”
O Dr. Ralf Schirrmacher, que é radioquímico, trabalha no composto desde 2005, quando teve a ideia inovadora de combinar flúor radioativo com silício. Anteriormente, era apenas combinado com carbono.
“Os peptídeos radioativos são rotulados aproveitando a ligação muito forte entre o silício e o flúor. A química funciona à temperatura ambiente e a purificação requer apenas uma extração simples e o agente de imagem está pronto para injeção – é por isso que é tão estável e confiável”, explicou o pesquisador.
O Dr. Ralf Schirrmacher agora está feliz em ver o trabalho de sua equipe passar da bancada do laboratório de química para a beira do leito, já que os ensaios clínicos envolvendo mais de 2.000 pessoas na Alemanha foram concluídos e estão começando na Holanda e na França, bem como na Índia.
Ele diz que os ensaios clínicos na Alemanha estão mostrando que o novo composto pode realmente detectar mais metástases de câncer do que outros compostos marcados com gálio, o que é especialmente importante no tratamento de acompanhamento e para determinar se o câncer está se espalhando para outras partes do corpo.
O próximo passo no Canadá será a inscrição para estudos clínicos que passarão pelo recém-formado Alberta Radiopharmaceutical Centre, uma colaboração entre o Alberta Health Services e a Universidade de Alberta.
O Dr. Schirrmacher destacou que não licenciará o processo químico de criação do novo agente de imagem, porque acha melhor que seja gratuito para todos, para que mais pessoas com câncer possam ser diagnosticadas mais cedo.
Acesse a notícia completa na página da Universidade de Alberta (em inglês).
Fonte: Ramona Czakert Franson, Universidade de Alberta.
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