Destaque

Pesquisa analisa impacto de infecções no sistema imunológico

Fonte

UFES | Universidade Federal do Espírito Santo

Data

terça-feira. 2 agosto 2022 07:20

Entender o papel de determinadas infecções no envelhecimento prematuro do sistema imunológico, seus impactos nos estados disfuncionais de pacientes e, no futuro, chegar à formulação de uma droga que possa vir a ser utilizada para melhoria da imunidade dos indivíduos. Esses são objetivos da pesquisa Senescência imunológica e seu impacto nas doenças infecciosas, desenvolvida pelo Núcleo de Doenças Infecciosas e pelo Programa de Pós-Graduação em Doenças Infecciosas (PPGDI) da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), em parceria com a University College London, no Reino Unido. O prazo para conclusão dos trabalhos é 2024.

A pesquisa integra o Tema 2 do Programa Institucional de Internacionalização da UFES (PrInt-UFES), intitulado Desafios e Soluções Inovadoras para o Controle de Doenças Infecciosas em Áreas Urbanas. Estão no centro desse tema pesquisas que visam, entre outras questões, “a identificação de novos agentes infecciosos e o ressurgimento de doenças que eram consideradas controladas e levam doenças emergentes e reemergentes a figurarem hoje, ao lado dos efeitos do envelhecimento populacional e da violência urbana, como centro das atenções de profissionais da saúde, cientistas e gestores de políticas públicas”.

Senescência imunológica

Segundo o Dr. Daniel Gomes, coordenador da pesquisa e professor do PPGDI/UFES, as infecções podem acelerar o processo de senescência, alterações naturais – relacionadas ao passar do tempo – que acontecem no organismo de um ser vivo. “Como todos os outros sistemas do corpo, o imunológico também envelhece. E a senescência imunológica pode ser induzida precocemente por processos infecciosos. Toda vez que a gente fica doente, principalmente por infecções crônicas, como tuberculose, HIV, infecções virais, hepatites, por exemplo, podemos, por meio da inflamação gerada, ter a indução do envelhecimento do sistema imunológico. Isso gera prejuízos ao indivíduo, que perde a capacidade de responder de forma ótima às infecções, de combater os patógenos, de responder bem às vacinas. Por isso os idosos apresentam menor [índice de] eficácia vacinal, representando sempre grupos prioritários [em campanhas]. Então, o envelhecimento, prematuro ou natural, está associado à aquisição de disfunções que levam à maior suscetibilidade a doenças”, explicou o professor.

Leishmaniose e COVID-19

Os pesquisadores estão trabalhando com dois agentes infecciosos na pesquisa. Um deles é o parasita Leishmania, causador da leishmaniose, doença endêmica na região serrana do Espírito Santo. O outro é o SARS-CoV-2, que provoca a COVID-19. Para os estudos, foram selecionados cem pacientes com leishmaniose atendidos no Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes (Hucam-UFES) – a pesquisa foi iniciada em 2016 – e cem pacientes com COVID-19 atendidos pelos hospitais estaduais Dório Silva e Jayme Santos Neves durante a segunda onda da doença, em 2020.

“Estamos fazendo análise das células do sistema imunológico dos pacientes diagnosticados com essas doenças, buscando as características de senescência para entender como essas características impactam nas capacidades funcionais da célula”, explicou o professor Daniel Gomes.

As análises sobre leishmaniose têm a parceria da University College London, que disponibiliza alguns equipamentos e mantém com a UFES um fluxo contínuo e bilateral de alunos e técnicos participando de experimentações e transferência de tecnologias. Já os estudos sobre COVID-19 têm como entidade apoiadora a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (FAPES).

Acesse a notícia na página da Universidade Federal do Espírito Santo.

Fonte: Superintendência de Comunicação da UFES.

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