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Pesquisa da UFG busca estratégias imunoterapêuticas para a leishmaniose
Uma pesquisa conduzida no Laboratório de Imunidade Natural do Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (IPTSP) da Universidade Federal de Goiás (UFG) tem buscado novas abordagens para o tratamento da leishmaniose cutânea e mucosa (conhecida como leishmaniose tegumentar americana ou LTA).
O estudo, liderado pela professora Dra. Fátima Ribeiro Dias, em colaboração com a Dra. Camila Freire, professora do Departamento de Medicina Tropical do IPTSP-UFG, destaca-se por sua importância na compreensão da interação entre o parasito e o hospedeiro, com potenciais implicações para a saúde pública.
A leishmaniose, uma doença causada por parasitos do gênero Leishmania e transmitida por mosquitos flebotomíneos, apresenta duas formas principais: a cutânea, que afeta a pele e as mucosas, e a visceral, que pode comprometer órgãos internos, como fígado e baço. Embora não seja contagiosa de pessoa para pessoa, a leishmaniose visceral pode ser fatal se não tratada. Além disso, animais como cães, gatos e animais silvestres podem atuar como reservatórios do parasito.
O estudo concentra-se na busca por estratégias imunoterapêuticas para a doença, reconhecendo a importância da resposta imune do paciente em conjunto com o tratamento medicamentoso. Segundo a pesquisadora, a combinação de imunoterapia com fármacos pode ser crucial para casos mais complexos, especialmente quando o uso desses medicamentos é limitado devido a preocupações com toxicidade.
Proteína sinalizadora
Uma das vertentes da pesquisa examina o papel da Interleucina 32 (IL-32), uma proteína sinalizadora do sistema imunológico associada a diversas condições inflamatórias e infecciosas. A IL-32 ativa vias imunológicas importantes, incluindo a via microbicida dependente da vitamina D.
Por meio de nanotecnologia, a IL-32 e a vitamina D podem ser encapsuladas em nanopartículas para testes em células e em modelos murinos (cobaias) infectados com Leishmania spp.
Para compreender melhor a interação parasito-hospedeiro, os pesquisadores estão realizando experimentos in vitro utilizando uma linhagem celular de macrófagos humanos, células fundamentais para o crescimento dos parasitos Leishmania spp. Paralelamente, estão sendo realizadas investigações clínicas envolvendo pacientes diagnosticados com leishmaniose tegumentar americana, visando entender o perfil de resposta imune em diferentes contextos, incluindo lesões cutâneas e mucosas.
Além disso, a equipe está analisando marcadores genéticos associados à suscetibilidade e resistência à doença, utilizando material biológico coletado de pacientes do Hospital de Doenças Tropicais (HDT), em Goiânia. Essa abordagem visa fornecer informações que podem orientar o desenvolvimento de novas estratégias para o diagnóstico e tratamento da leishmaniose.
Acesse a notícia completa na página da Universidade Federal de Goiás.
Fonte: Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública da Universidade Federal de Goiás.
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