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Pesquisadores da UFRN criam banco de dados genéticos para auxiliar criação de medicamentos contra o Sars-CoV-2

Fonte

UFRN | Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Data

terça-feira. 27 abril 2021 10:15

Pesquisadores da área de Bioinformática do Instituto Metrópole Digital da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (IMD/UFRN) publicaram, na revista Scientific Reports, um catálogo com todas as sequências de siRNAs capazes de inativar o SARS-CoV-2 (novo coronavírus) e, assim, contribuir para o desenvolvimento de fármacos para o tratamento da doença.

Com acesso aberto e gratuito, o estudo é intitulado A Small Interfering RNA (siRNA) Database for SARS-CoV-2Desenvolvido em 2020, o trabalho foi submetido à revista em outubro e traz um banco de dados completo dos siRNAs (ou RNAs de interferência, compostos genéticos que inativam genes-alvo) capazes de neutralizar o novo coronavírus.

“Trabalhos recentes, dos últimos cinco anos, têm testado estas moléculas em experimentos e têm alcançado resultados promissores. Esse tipo de tecnologia também tem sido utilizado ao redor do mundo para o desenvolvimento, em nível de teste, de remédios para HIV e hepatite, por exemplo”, comenta o professor Dr. Jorge Estefano Santana de Souza, coordenador da pesquisa e professor do Centro Multiusuário de Bioinformática (BioME), um dos núcleos do IMD, unidade acadêmica da UFRN.

Segundo Inácio Medeiros, estudante do doutorado em Bioinformática do BioME e primeiro autor do artigo, o catálogo auxiliará, por meio de uma série de informações, pesquisadores do mundo inteiro a desenvolverem estudos e soluções de enfrentamento ao SARS-CoV-2.

“Você passa a ter acesso não apenas às sequências de RNA, mas a diversas outras informações, como indicadores de homologia, eficiência e toxidade, entre outras. Esses dados facilitam muito o trabalho de pesquisa, pois possibilitam uma filtragem mais rápida de quais moléculas testar em bancadas de laboratório, facilitando o trabalho de indústrias farmacêuticas, por exemplo” apontou Inácio Medeiros.

O professor Jorge Estefano, também comentando sobre o avanço que o trabalho proporciona para as pesquisas de medicamentos contra o SARS-Cov-2, afirmou que “com o catálogo em mãos, os laboratórios podem escolher, segundo suas expertises, as moléculas para o desenvolvimento de seus remédios, e isso já é 30% do processo de criação de uma droga desse tipo. O que restaria seriam os testes clínicos e o acompanhamento do nível de toxicidade da molécula escolhida, para, assim, seguir com a criação efetiva do medicamento”.

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da UFRN.

Fonte: Ascom IMD/UFRN.

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