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Pesquisadores de Cambridge usam novas técnicas para distinguir diferentes tipos de meduloblastoma, um tipo de tumor cerebral em crianças
Financiada pela The Brain Tumor Charity, uma nova pesquisa no Reino Unido visa desenvolver novas formas de diagnosticar o meduloblastoma usando métodos minimamente invasivos, protegendo a qualidade de vida das crianças com esse diagnóstico.
O meduloblastoma é o tumor cerebral infantil cancerígeno mais comum, respondendo por 15% a 20% de todos os diagnósticos de tumor cerebral infantil. Cerca de 52 crianças são diagnosticadas com meduloblastoma a cada ano no Reino Unido. Esses tumores crescem rapidamente e se desenvolvem na parte posterior do cérebro, no cerebelo.
A Dra. Jessica Taylor, pesquisadora de pós-doutorado na Universidade de Cambridge, que trabalha no laboratório do professor Dr. Richard Gilbertson no Cancer Research UK Cambridge Institute, se concentrará em um dos quatro subtipos de meduloblastoma – o meduloblastoma wingless (WNT). O meduloblastoma WNT é tipicamente difícil de operar, mas é altamente curável com quimioterapia e radiação.
A pesquisa usará anticorpos que foram projetados para se ligar às células do meduloblastoma WNT. Uma vez ligados às células, eles serão visíveis em uma tomografia PET e podem ser usados para diagnosticar esse subtipo de meduloblastoma. Esse método evita o uso de cirurgia invasiva e, portanto, protege as crianças dos possíveis efeitos nocivos da cirurgia em longo prazo, como problemas de memória e problemas de fala.
A Dra. Jessica Taylor, ganhadora do prêmio Future Leaders Award da The Brain Tumor Charity, explicou: “Com uma em cada quatro crianças com esse tipo de tumor sofrendo perda de memória de longo prazo e problemas de fala após a cirurgia, é importante que trabalhemos para melhorar os métodos de diagnóstico que evitam a cirurgia. Espero que minha pesquisa mude a forma como o meduloblastoma é diagnosticado clinicamente e que melhore o tratamento e a qualidade de vida das crianças diagnosticadas com esta doença”.
Os anticorpos serão projetados para se ligarem a drogas que podem tratar o meduloblastoma WNT. Essa abordagem inovadora forneceria tratamentos diretamente ao tumor, substituindo potencialmente a necessidade de quimioterapia mais tradicional. Isso pode trazer vários benefícios, incluindo dar aos pacientes uma opção de tratamento adicional e oferecer uma terapia mais direcionada, reduzindo potencialmente os efeitos colaterais do tratamento.
O Dr. David Jenkinson, Diretor Científico da The Brain Tumor Charity, destacou: “Este projeto inovador explora os recursos do meduloblastoma WNT para criar anticorpos específicos que ajudarão a diagnosticar e até tratar esse tipo de tumor, evitando cirurgias desnecessárias para as crianças diagnosticadas. Concentrar a pesquisa em diagnósticos e tratamentos não invasivos ajuda a prevenir danos em longo prazo que podem resultar da cirurgia”.
Acesse a notícia completa na página da Universidade de Cambridge (em inglês).
Fonte: The Brain Tumor Charity e Universidade de Cambridge.
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