Destaque

Pesquisadores de Cambridge usam novas técnicas para distinguir diferentes tipos de meduloblastoma, um tipo de tumor cerebral em crianças

Fonte

Universidade de Cambridge

Data

sábado. 1 abril 2023 15:15

Financiada pela The Brain Tumor Charity, uma nova pesquisa no Reino Unido visa desenvolver novas formas de diagnosticar o meduloblastoma usando métodos minimamente invasivos, protegendo a qualidade de vida das crianças com esse diagnóstico.

O meduloblastoma é o tumor cerebral infantil cancerígeno mais comum, respondendo por 15% a 20% de todos os diagnósticos de tumor cerebral infantil. Cerca de 52 crianças são diagnosticadas com meduloblastoma a cada ano no Reino Unido. Esses tumores crescem rapidamente e se desenvolvem na parte posterior do cérebro, no cerebelo.

A Dra. Jessica Taylor, pesquisadora de pós-doutorado na Universidade de Cambridge, que trabalha no laboratório do professor Dr. Richard Gilbertson no Cancer Research UK Cambridge Institute, se concentrará em um dos quatro subtipos de meduloblastoma – o meduloblastoma wingless (WNT). O meduloblastoma WNT é tipicamente difícil de operar, mas é altamente curável com quimioterapia e radiação.

A pesquisa usará anticorpos que foram projetados para se ligar às células do meduloblastoma WNT. Uma vez ligados às células, eles serão visíveis em uma tomografia PET e podem ser usados para diagnosticar esse subtipo de meduloblastoma. Esse método evita o uso de cirurgia invasiva e, portanto, protege as crianças dos possíveis efeitos nocivos da cirurgia em longo prazo, como problemas de memória e problemas de fala.

A Dra. Jessica Taylor, ganhadora do prêmio Future Leaders Award da The Brain Tumor Charity, explicou: “Com uma em cada quatro crianças com esse tipo de tumor sofrendo perda de memória de longo prazo e problemas de fala após a cirurgia, é importante que trabalhemos para melhorar os métodos de diagnóstico que evitam a cirurgia. Espero que minha pesquisa mude a forma como o meduloblastoma é diagnosticado clinicamente e que melhore o tratamento e a qualidade de vida das crianças diagnosticadas com esta doença”.

Os anticorpos serão projetados para se ligarem a drogas que podem tratar o meduloblastoma WNT. Essa abordagem inovadora forneceria tratamentos diretamente ao tumor, substituindo potencialmente a necessidade de quimioterapia mais tradicional. Isso pode trazer vários benefícios, incluindo dar aos pacientes uma opção de tratamento adicional e oferecer uma terapia mais direcionada, reduzindo potencialmente os efeitos colaterais do tratamento.

O Dr. David Jenkinson, Diretor Científico da The Brain Tumor Charity, destacou: “Este projeto inovador explora os recursos do meduloblastoma WNT para criar anticorpos específicos que ajudarão a diagnosticar e até tratar esse tipo de tumor, evitando cirurgias desnecessárias para as crianças diagnosticadas. Concentrar a pesquisa em diagnósticos e tratamentos não invasivos ajuda a prevenir danos em longo prazo que podem resultar da cirurgia”.

Acesse a notícia completa na página da Universidade de Cambridge (em inglês).

Fonte: The Brain Tumor Charity e Universidade de Cambridge.

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