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Pesquisadores lançam ensaio clínico para vacina contra Estreptococos Grupo A: infecções matam mais de meio milhão de pessoas por ano

Fonte

Universidade de Alberta

Data

quarta-feira. 30 novembro 2022 07:10

Uma colaboração internacional envolvendo pesquisadores da Universidade de Alberta, no Canadá, e da Universidade Griffith, na Austrália, lançou a primeira fase de testes clínicos em humanos para uma potencial vacina contra estreptococos A.

A bactéria estreptococo do grupo A, mais comumente conhecida como estreptococo A, mata mais de 500 mil pessoas por ano e atualmente não há vacina. O estreptococo A pode desencadear uma variedade de doenças e condições graves, incluindo febre reumática e fasciíte necrotizante (doença das bactérias devoradoras de carne). Também pode causar várias alterações neurológicas, incluindo a coreia de Sydenham, um distúrbio que geralmente afeta crianças caracterizado por movimentos constantes e que pode ser extremamente debilitante. Crianças e populações marginalizadas são afetadas desproporcionalmente por infecções por estreptococos A.

“O potencial de ter uma vacina que previna esses resultados seria uma grande vitória para jovens e adultos”, disse o Dr. Lawrence Richer, diretor do Centro de Pesquisa e Ensaios Clínicos do Norte de Alberta, professor do Departamento de Pediatria da Universidade de Alberta e membro do Women and Children’s Health Research Institute.

A colaboração começou quando o professor Dr. Lorne Tyrrell e o ganhador do Prêmio Nobel Sir Michael Houghton, do Li Ka Shing Applied Virology Institute, souberam do programa de vacina contra estreptococos do grupo A do Dr. Michael Good em Griffith. O Dr. Michael Good também é professor do Departamento de Microbiologia Médica e Imunologia da Universidade de Alberta.

Pesquisadores da Universidade Griffith criaram a vacina combinando duas moléculas encontradas em cada cepa de estreptococo A – uma abordagem que eles esperam poder melhorar a resposta imune do corpo contra todas as cepas.

O Dr. Lorne Tyrrell e Sir Michael Houghton decidiram que as instalações e a infraestrutura da Universidade de Alberta a tornavam o local perfeito para iniciar um teste para a vacina e, por meio do Li Ka Shing Applied Virology Institute, eles financiaram o primeiro estágio dos testes clínicos, com Griffith mantendo a propriedade intelectual.

De acordo com o Dr. lawrence Richer, o estudo se baseia em muitos anos de investimento em ensaios clínicos de fase inicial e instalações para pesquisa de Fase 1 na Universidade de Alberta: “É realmente uma circunstância ideal para que esses tipos de ensaios sejam realizados nas condições mais seguras possíveis. ”

A experiência em lançar testes também ajuda os pesquisadores a superar uma grande barreira na tradução de seus trabalhos, pois pode ser extremamente desafiador levar inovações do laboratório para testes em humanos, como explicou o professor Lawrence Richer: “É difícil. Existem riscos para os seres humanos, pode ser caro, requer infraestrutura, requer suporte, requer conhecimento.”

O objetivo deste estudo clínico de Fase 1, que o professor Richer estima incluirá de 10 a 20 pacientes, é primeiro demonstrar a segurança e depois a eficácia da vacina. Se o estudo for bem-sucedido, o Li Ka Shing Applied Virology Institute planeja apoiar os estudos de Fase 2, que envolvem um número maior de pacientes.

Acesse a notícia completa na página da Universidade de Alberta (em inglês).

Fonte: Adrianna MacPherson, Universidade de Alberta.

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