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Pesquisadores obtêm novos compostos de prata (Ag III) com propriedades físicas e químicas características que os tornam candidatos perfeitos para uso como moléculas com atividade biológica
Os resultados de uma nova pesquisa que descreveu a síntese e o estudo de novos compostos de prata no estado de oxidação +3 foram publicados na revista científica Chemistry – A European Journal. O estudo foi realizado por pesquisadores do Instituto de Síntese Química e Catálise Homogênea (ISQCH), centro misto do CSIC e da Universidade de Zaragoza, na Espanha.
A prata é um metal precioso conhecido desde a antiguidade e que faz parte da vida das pessoas por meio de sua utilização em objetos ornamentais ou moedas. Também tem sido objeto de estudo desde os primeiros tempos, tanto no aspecto metalúrgico quanto no químico.
A química da prata é dominada por seu estado de oxidação +1 (Ag (I)). Os compostos nos quais a prata está em um estado de oxidação +3 (Ag (III)) são muito mais raros. Assim, por exemplo, os compostos de Ag (III) com halogênios, uma das famílias mais comuns de elementos químicos, são muito escassos e praticamente limitados aos membros mais leves como o flúor. Pesquisadores do ISQCH conseguiram preparar pela primeira vez uma série completa de compostos Ag (III) com todos os halogênios não radioativos: F, Cl, Br e I. Este grupo de pesquisa, que já obteve o primeiro fluoreto de prata (III) organometálico, único em seu tipo, alcançou este notável sucesso a partir de compostos organofluorados de Ag (I).
Esses novos halogenetos organometálicos de prata (III) permitirão o desenho de processos mais eficientes e seletivos para a síntese de derivados organofluorados. Esses compostos possuem propriedades físicas e químicas características que, entre outras coisas, os tornam candidatos para uso como moléculas com atividade biológica, como medicamentos ou agroquímicos. Estima-se que 25% dos medicamentos comercializados hoje são compostos organofluorados. Curiosamente, esses compostos são praticamente desconhecidos na natureza e precisam ser preparados artificialmente em laboratório.
Acesse o artigo científico completo (em inglês).
Acesse a notícia completa na página da Universidade de Zaragoza (em espanhol).
Fonte: Universidade de Zaragoza.
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