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Presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia destaca sinais e sintomas da dengue e medicamentos que são contraindicados
A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) alertou para os remédios contraindicados em caso de suspeita de dengue. Segundo o Ministério da Saúde, do início deste ano até o último dia 05 de fevereiro, a doença provocou 36 mortes no país.
Em entrevista à Agência Brasil, o Dr. Alberto Chebabo, presidente da SBI, citou o ácido acetilsalicílico, ou AAS, conhecido popularmente como aspirina, entre os não recomendáveis, por se tratar de medicação que age sobre plaquetas. “Como já tem uma queda de plaquetas na dengue, a gente não recomenda o uso de AAS”, disse o médico. Corticoides também são contraindicados na fase inicial da dengue.
Segundo o Dr. Alberto Chebabo, como a dengue é uma doença viral, para a qual não existe antiviral, os sintomas é que são tratados. O tratamento básico inclui analgésico, antitérmico e, eventualmente, medicação para vômito. Os principais sintomas relacionados são:
- febre;
- vômito;
- dor de cabeça;
- dor no corpo e
- aparecimento de lesões avermelhadas na pele.
O infectologista advertiu que, se tiver qualquer um dos sintomas, a pessoa não deve se medicar sozinha, e sim ir a um posto médico para ser examinada: “A recomendação é procurar o médico logo no início, para ser avaliada, fazer exames clínicos, hemograma, para ver inclusive a gravidade [do quadro], receber orientação sobre os sinais de alarme, para que a pessoa possa voltar caso tais sinais apareçam na evolução da doença”.
Os casos devem ser encaminhados às unidades de pronto atendimento (UPAs) e às clínicas de família.
Sintomas graves
Entre os sinais de alarme, o Dr. Alberto Chebabo destacou:
- vômito incoercível, que não para, não melhora e prejudica a hidratação;
- dor abdominal de forte intensidade;
- tontura;
- desidratação;
- cansaço;
- sonolência e alteração de comportamento, além de
- sinais de sangramento.
“Qualquer sangramento ativo também deve levar à busca de atendimento médico”, alertou o especialista. No entanto, a maior preocupação dever ser com a hidratação e com sinais e sintomas de que a pessoa está evoluindo para uma forma grave da doença.
Quanto ao carnaval, o infectologista disse os festejos não agravam o problema da dengue, porque não se muda a forma de transmissão, que é o mosquito Aedes aegypti. “Talvez impacte mais a COVID-19 do que a dengue, mas é mais uma questão, porque, no carnaval, há doenças associadas, que acabam aumentando a demanda dos serviços de saúde. Esta é uma preocupação”.
Entre os problemas relacionados ao carnaval, o Dr. Alberto Chebabo destacou traumas, doenças respiratórias e desidratação, que podem sobrecarregar ainda mais o sistema de saúde.
Acesse a notícia completa na página da Agência Brasil.
Fonte: Alana Gandra e Nádia Franco, Agência Brasil.
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