Destaque
Protocolo da Fiocruz para detecção do vírus Oropouche é referência para laboratórios brasileiros e de outros países das Américas
Fonte
ILMD/Fiocruz Amazônia | Instituto Leônidas & Maria Deane
Data
segunda-feira. 28 agosto 2023 11:25
O protocolo de diagnóstico por PCR em tempo real desenvolvido no Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia) para a detecção do Oropouche – arbovírus emergente que causa sintomas parecidos com a dengue e que foi registrado em quatro estados da Região Norte em 2023 – será utilizado por oito laboratórios públicos brasileiros por decisão da Coordenação Geral de Laboratório de Saúde Pública (CGLAB), do Ministério da Saúde.
Futuramente, o protocolo será utilizado em outros países da América, como parte da estratégia de vigilância de vírus emergentes no continente. A adoção desse ensaio visa ampliar a oferta diagnóstica para a prevenção do surgimento de doenças com potencial para se transformar em epidemias ou pandemias.
De acordo com o CGLAB/MS, no Brasil, os laboratórios dos Estados foram selecionados conforme o cenário epidemiológico. A previsão é de que, a partir de 2024, todos os estados do País estejam realizando o diagnóstico. Os oito laboratórios centrais descentralizados são os Lacens Acre (AC), Amazonas (AM), Distrito Federal (DF), Goiás (GO), Maranhão (MA), Pará (PA), Rondônia (RO) e Roraima (RR).
O vírus Oropouche é transmitido pela picada do Culicoides paraenses, popularmente conhecido como maruim. Um vetor secundário são os mosquitos do gênero Culex.
O atual surto causado pelo vírus Oropouche no Brasil, assim como a estratégia de diagnóstico e o protocolo para sequenciamento genético (parte da estratégia de Vigilância Genômica) foram apresentados pelo Dr. Felipe Naveca, virologista da Fiocruz, durante a 14ª Reunião da Rede de Laboratórios de Arboviroses das Américas (RELDA), realizada entre os dias 15 e 17 de agosto na cidade de Santo Domingo, na República Dominicana. O evento teve a participação de pesquisadores de diversos países, como Argentina, Estados Unidos, Cuba, México, Haiti, Costa Rica, Suriname e Bolívia, entre outros.
O evento, promovido pela Organização Panamericana de Saúde (OPAS) – Escritório Regional para as Américas da Organização Mundial da Saúde (OMS) – teve como objetivo fortalecer a rede de vigilância molecular e os programas de controle de enfermidades na região das Américas.
O Dr. Felipe Naveca, que chefia o Laboratório de Arbovírus e Vírus Hemorrágico no Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz-RJ), coordena o Núcleo de Vigilância de Vírus Emergentes, Reemergentes ou Negligenciados do ILMD/Fiocruz Amazônia e integra a Rede Genômica da Fiocruz, realizou apresentações em dois painéis: um sobre a ‘Situação da Vigilância Genômica da Dengue no Brasil’ e o outro, ‘Casos de Surtos do Vírus Oropouche na Região Norte do Brasil’. Segundo o virologista, o Oropouche foi encontrado em quatro estados da Região Norte em 2023 e pode se tornar, a qualquer momento, um problema mais sério de saúde pública.
Acesse a notícia completa na página do Instituto Leônidas & Maria Deane.
Fonte: ILMD/Fiocruz Amazônia.
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