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Startup nos EUA melhora a administração de medicamentos com ultrassom
Pode ser difícil que medicamentos atinjam os locais exatos de uma doença ao longo do trato gastrointestinal, que se estende pela boca, esôfago, estômago, intestino delgado e grosso e ânus. Os tratamentos invasivos podem levar horas, enquanto os pacientes esperam que as quantidades adequadas de medicamentos sejam absorvidas no local certo. O mesmo problema está impedindo novos tratamentos, como as terapias que alteram os genes.
Agora, a startup Suono Bio, ‘spinout’ do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, está avançando em uma nova abordagem que usa ultrassom para a entrega de fármacos, incluindo ácidos nucléicos como DNA e RNA, ao trato gastrointestinal de forma mais eficaz. A empresa acredita que sua tecnologia pode ser usada para levar uma ampla gama de moléculas terapêuticas às áreas do corpo que se mostraram de acesso mais difícil.
“O ultrassom é uma tecnologia bem conhecida que tem sido usada por décadas na clínica”, disse o Dr. Carl Schoellhammer, cofundador da Suono Bio. “Mas agora estamos fazendo algo realmente único e novo com ele para facilitar a entrega de medicamentos que não podiam ser entregues antes.”
A tecnologia da Suono Bio é o resultado de mais de três décadas de descobertas feitas nos laboratórios do MIT por pesquisadores como Schoellhammer e os cofundadores da Suono Bio, Dr. Robert Langer e Dr. Giovanni Traverso, professores do MIT. A plataforma tira proveito de um fenômeno em que ondas de ultrassom criam pequenos jatos em um líquido que pode ser usado para conduzir drogas para dentro das células.
O primeiro programa de tratamento da empresa tem como alvo a colite ulcerosa. Na semana passada, a startup anunciou uma rodada de financiamento para avançar esse e outros programas de desenvolvimento em suas projeções de testes clínicos.
Além desse primeiro programa, os fundadores dizem que a plataforma poderia ser usada para entregar uma variedade de moléculas, de ácidos nucléicos a peptídeos e proteínas maiores, a qualquer parte do trato gastrointestinal. E embora a primeira iteração da plataforma de entrega da Suono Bio vá alavancar sistemas portáteis, os fundadores acreditam que a tecnologia pode um dia ser contida em uma pílula ingerível alimentada por bateria.
“Esse [primeiro candidato a medicamento] é a prova de conceito de que poderíamos potencialmente resolver um problema clínico muito urgente e fazer muito bem para muitos pacientes”, concluiu o Dr. Schoellhammer.
Acesse a notícia completa na página do MIT (em inglês).
Fonte: MIT News Office.
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