Destaque

Universidade do Porto inova na prevenção da osteoporose e de fraturas na menopausa

Fonte

Universidade do Porto

Data

domingo. 14 maio 2023 11:40

Pesquisadores do Laboratório de Farmacologia e Neurobiologia do Centro de Descoberta de Fármacos e Terapias Inovadoras (LFN-MedInUP) do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) da Universidade do Porto, em Portugal, publicou recentemente um artigo na revista científica Stem Cell Research and Therapy no qual demonstram ser possível o rejuvenescimento terapêutico das células osteoprogenitoras da medula óssea, cujo envelhecimento está associado à perda de massa óssea (osteoporose) e ao aumento exponencial da incidência de fraturas em mulheres após a menopausa.

No trabalho, os investigadores do ICBAS identificaram níveis elevados de expressão e atividade de um biomarcador de mau prognóstico relacionado com a perda de massa óssea, a enzima NTPDase3, em células osteoprogenitoras isoladas da medula óssea de mulheres em pós-menopausa, comparativamente com as provenientes de mulheres mais jovens e de homens da mesma faixa etária.

A descoberta vai ao encontro dos resultados de trabalhos anteriores publicados pelo mesmo grupo de pesquisa, que mostraram que o aumento da densidade da enzima NTPDase3 na membrana daquelas células limita a sua diferenciação osteogênica. Um fenômeno que se associa por sua vez a uma perda progressiva da capacidade regenerativa do osso por reduzir os níveis de ATP (adenosina trifosfato) no microambiente e, consequentemente, a formação de matriz e deposição de cálcio nos ossos.

Recorrendo a metodologias inovadoras, tais como o silenciamento gênico através da utilização de moléculas de RNA de interferência transportado por vetores virais e a utilização de agentes biológicos (anticorpos monoclonais) seletivos para a enzima NTPase3, a equipe internacional liderada pelos pesquisadores Dr. José Bernardo Noronha-Matos e Dr. Paulo Correia-de-Sá demonstrou ser possível o rejuvenescimento terapêutico das células osteoprogenitoras da medula óssea, prevenindo deste modo a perda de massa óssea e o risco de fraturas em mulheres em pós-menopausa.

Para o pesquisador José Bernardo Noronha-Matos, o trabalho é ‘pioneiro’ e “abre novas perspectivas para o tratamento da osteoporose, uma doença muito incapacitante que é considerada pela comunidade científica como a epidemia do século XXI”.

“A manipulação farmacológica (e não farmacológica, em perspectiva) da atividade desta enzima permite reequilibrar a remodelação óssea em mulheres idosas em risco de fratura”, concluiu o Dr. José Noronha-Matos.

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade do Porto.

Fonte: Mariana Pizarro, ICBAS/Universidade do Porto.

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