Destaque

Venenos de serpente e de aranha da Amazônia têm potencial farmacológico

Fonte

Agência FAPESP

Data

sexta-feira. 13 novembro 2020 14:30

Pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Universidade de São Paulo (USP) e do Instituto Butantan, apoiados pela FUndação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), identificaram no veneno de uma serpente e de uma aranha do Norte do Brasil uma série de peptídeos – pequenos fragmentos de proteínas – com potencial farmacológico para combater condições cardíacas, bactérias, fungos, vírus e câncer, entre outros.

O estudo do veneno da serpente, a jararaca-do-norte (Bothrops atrox), foi publicado na revista científica Journal of Venomous Animals and Toxins including Tropical Diseases. A espécie é responsável pela maior parte dos acidentes ofídicos na região Norte do país.

A aranha é uma espécie de tarântula também da região amazônica, a Acanthoscurria rondoniae. O trabalho sobre suas toxinas foi publicado na revista científica Frontiers in Pharmacology.

“Encontramos 105 peptídeos [pequenos fragmentos de proteína] no veneno da jararaca-do-norte e 84 novas toxinas expressas nas glândulas de veneno da aranha, muito pouco estudada até hoje. Há vários estudos sobre a espécie de serpente, mas não nesse nível de detalhe dos peptídeos, que são moléculas pequenas, com poucos aminoácidos, o que facilita sintetizarmos aquelas que parecerem mais interessantes”, explicou o Dr. Alexandre Tashima, professor da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM-Unifesp) e coordenador dos estudos, que integram projeto apoiado pela FAPESP.

Venenos de animais são conhecidos pelo grande potencial biotecnológico. As serpentes do gênero Bothrops, por exemplo, possuem toxinas ricas nos chamados peptídeos potenciadores da bradicinina, que no passado originaram medicamentos para controle da pressão arterial, como o captopril, advindo de peptídeos da jararaca (Bothrops jararaca).

Acesse o artigo científico completo na revista Journal of Venomous Animals and Toxins including Tropical Diseases (em inglês).

Acesse o artigo científico completo na revista Frontiers in Pharmacology (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Agência FAPESP.

Fonte: André Julião, Agência FAPESP.

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