Notícia

Maior banco de dados genômicos de idosos da América Latina

Pesquisadores da UNESP e da USP concluíram o sequenciamento do genoma completo de 1171 idosos paulistanos

Pixabay

Fonte

UNESP | Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"

Data

segunda-feira, 28 setembro 2020 14:35

Áreas

Biologia. Genômica. Saúde do Idoso.

Pesquisadores da Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB) da Universidade Estadual Paulista (UNESP) e do Centro de Estudos do Genoma Humano e de Células-Tronco (CEGH-CEL) do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (IB-USP) concluíram o sequenciamento do genoma completo de 1171 idosos paulistanos.

A análise dos dados, reunidos em um repositório de acesso aberto, permitirá identificar mutações genéticas responsáveis por doenças, estimar a sua incidência na população brasileira, encontrar variantes que podem ser determinantes para o envelhecimento saudável, entre outras aplicações. Os resultados do estudo foram publicados na plataforma bioRxiv, em artigo ainda sem revisão por pares.

O Dr. Erick da Cruz Castelli, pesquisador do Departamento de Patologia da FMB-Unesp, falou sobre os resultados do trabalho: “O Laboratório de Genética Molecular e Bioinformática (GeMBio), coordenado por mim e situado na Unidade de Pesquisa Experimental (Unipex) da FMB-UNESP, desenvolveu estratégias computacionais para estudar genes extremamente variáveis. Nós desenvolvemos métodos computacionais para estudar a variabilidade de genes HLA, que são os mais polimórficos do genoma humano e importantes para a montagem de respostas imunes contra patógenos. Esses são os genes que devem ser compatibilizados entre doador e receptor em situações de transplantes. Os métodos desenvolvidos na UNESP permitem estudar os polimorfismos de HLA sem a necessidade de ferramentas e/ou kits comerciais. Esses métodos foram desenvolvidos em teses de mestrado e doutorado de alunos de dois Programas de Pós-Graduação (PPGs): o de Patologia da FMB e de Genética do Instituto de Biociências de Botucatu (IBB|Unesp)”.

Ainda segundo o pesquisador, “o grupo do Centro de Estudos do Genoma Humano e Células-Tronco da USP sequenciou o genoma completo de cerca de 1171 idosos paulistanos, identificando mutações genéticas responsáveis por doenças, variantes genéticas determinantes para o envelhecimento saudável, e disponibilizando as frequências de cada variante genética observada em um banco de dados público. No entanto, algumas famílias de genes (como os genes HLA e KIR) necessitam de ferramentas especializadas para captar adequadamente todas as variantes desses genes”.

“Por meio de uma parceria entre os grupos da USP e UNESP, aplicamos o método aqui desenvolvido para estudar o genoma desses grupos de idosos, detectando toda a diversidade genética dos genes HLA. Encontramos dezenas de novas sequências, algumas bastante frequentes no Brasil. Além disso, quando aplicamos nosso método nessa amostra brasileira e em amostras de diversas populações mundiais, observamos que a diversidade observada no Brasil é superior à observada na maioria das populações estudadas. Isso demonstra a importância de se avaliar uma população heterogênea como a brasileira, pouco representada em bancos de dados públicos e um rico repositório de variação genética”, concluiu o Dr. Erick Castelli.

Acesse o artigo publicado na plataforma BioRxiv.

Acesse a página do laboratório GeMBio.

Acesse a notícia completa na página da UNESP.

Fonte: ACI FMB-UNESP. Imagem: Pixabay.

 

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