Notícia
Pesquisadores da UNIFAL-MG testam composto que poderá controlar a infecção causada pela COVID-19
Agentes de múltipla ação em estudo apresentam potencial para combater o vírus no organismo
Divulgação, UNIFAL-MG
Fonte
UNIFAL-MG | Universidade Federal de Alfenas
Data
domingo, 27 setembro 2020 13:00
Áreas
Doenças Infecciosas. Farmacologia. Saúde Pública.
Encontrar um tratamento que seja eficaz para reduzir a infecção causada pela COVID-19 e, consequentemente, controlar os sintomas da doença no corpo humano, é o objetivo de um estudo que está sendo desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL-MG), em colaboração com a Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ) e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). A pesquisa consiste na busca de um medicamento de múltipla ação contra a doença, tendo em vista que há casos complexos que requerem várias drogas, o que impacta diretamente na dificuldade populacional de acesso ao tratamento.
“O tratamento da COVID-19, especialmente para aqueles casos de síndrome aguda respiratória grave, deve contemplar além do controle dos sintomas, o controle da resposta imune do hospedeiro, o controle da replicação do vírus – impedindo que o vírus infecte novas células no organismo -, a prevenção de infecções secundárias, por exemplo, novas pneumonias bacterianas, além do controle dos danos ao organismo causados pelo vírus”, explica a professora Dra. Marina Quádrio Raposo Branco Rodrigues, do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da UNIFAL-MG, coordenadora da pesquisa.
O projeto de pesquisa foi aprovado na Chamada de Projetos e Ações de Pesquisa e Inovação para o Enfrentamento à COVID-19, lançada pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PRPPG) da UNIFAL-MG e conta aproximadamente com R$ 150 mil para desenvolvimento.
Conforme os pesquisadores, a ideia do estudo surgiu a partir de informações científicas sobre a estrutura do vírus, quando observaram a possibilidade de usar moléculas produzidas em laboratório como agentes com potencial de múltipla ação para o tratamento da doença. Segundo eles, como o vírus atua de forma sistêmica e afeta, principalmente, as células do pulmão, o composto pretende agir diretamente contra o vírus e na resposta que o próprio organismo tem frente a esse vírus, o que combaterá a ação do vírus, impedindo sua proliferação.
O plano de trabalho da equipe envolve três etapas. Na primeira, as moléculas são produzidas na UFSJ, a partir de proteínas isoladas da semente de duas plantas e substâncias bioativas das bactérias. Em seguida, são encaminhadas para a UNIFAL-MG, onde são caracterizadas quanto ao efeito sob células pulmonares e ao efeito sob membranas que mimetizam o vírus. “A melhor combinação de biomoléculas será então enviada para a UFMG para o último teste sobre a infectividade do coronavírus”, afirmou a profa. Marina sobre a terceira etapa, informando que parte das moléculas a serem testadas já foram produzidas na UFSJ e estão em fase inicial de testes na UNIFAL-MG.
Segundo a pesquisadora, o projeto tem expectativa de indicar um medicamento para testes em animais em 12 meses. Com os resultados positivos, será mais uma alternativa de tratamento para a COVID-19.
Acesse a notícia completa na página da UNIFAL-MG.
Fonte: Ana Carolina Araújo, UNIFAL-MG. Imagem: Divulgação, UNIFAL-MG.
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