Notícia

Nova membrana medicinal poderá ser usada para o tratamento de lesões

Invenção tem efeito antimicrobiano, anti-inflamatório e cicatrizante

Fernando Viana, UFPB

Fonte

UFPB | Universidade Federal da Paraíba

Data

sexta-feira, 2 abril 2021 07:45

Áreas

Desenvolvimento de Fármacos. Farmacognosia. Fitoterapia. Química Medicinal.

A Universidade Federal da Paraíba (UFPB) obteve recentemente a carta-patente para uma membrana medicinal com ação antimicrobiana, anti-inflamatória e cicatrizante. O documento, que garante os direitos de propriedade sobre a tecnologia, foi concedido neste mês pelo Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI).

A membrana, produzida a partir do polissacarídeo quitosana – presente no exoesqueleto de crustáceos como o caranguejo e o siri – com adição de óleo essencial extraído da planta Lippia sidoides (alecrim-pimenta), foi desenvolvida por pesquisadores do Departamento de Odontologia, do Centro de Ciências da Saúde (CCS) da UFPB; do Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW/UFPB) e da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG).

O Dr. Fábio Sampaio, professor do Departamento de Clínica e Odontologia Social da UFPB e um dos inventores, explicou que a inovação da pesquisa realizada foi a incorporação do óleo essencial à membrana de quitosana, que já era utilizada de forma medicinal.

De acordo com o pesquisador, o invento – uma espécie de bandagem –, em princípio, deve ficar restrito ao uso clínico por profissionais da Odontologia, para tratamento de aftas, lesões de gengiva e lesões traumáticas da cavidade intrabucal, acelerando a cicatrização. “É um material superversátil e, mais adiante, após novos estudos e testes clínicos, pode ser utilizado para outras lesões de pele”, destacou o professor Fábio.

O pesquisador está otimista quanto à transferência de tecnologia para que seja comercializada e disponibilizada para a sociedade, por meio de parceria com alguma indústria disposta a financiar as próximas etapas, que envolvem testes clínicos, para registro do produto na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e produção em escala industrial.

“Já temos a matéria-prima, que é a planta nativa para extração do óleo, cultivada no horto medicinal da UFPB, com boa possibilidade de produção do óleo. Agora com a patente, podemos buscar o financiamento e avançar na aplicação do produto”, afirmou o Dr. Fábio Sampaio. O Horto de Plantas Medicinais, no IpeFarM (Instituto de Pesquisa em Fármacos e Medicamentos), fornece matérias-primas vegetais para pesquisas.

O projeto de desenvolvimento da membrana foi resultado da pesquisa de mestrado da então aluna do Programa de Pós-Graduação em Odontologia da UFPB, Isabella Barros. A pesquisa contou com a colaboração do Núcleo de Estudos e Pesquisas Interdisciplinares em Biomateriais (Nepibio), do Centro de Ciências da Saúde (CCS).

O pedido de depósito da patente foi realizado no final de 2016, junto à Agência UFPB de Inovação Tecnológica (Inova), e envolve outros cinco inventores, além do Dr. Fábio Sampaio e Isabella Barros: Dr. Raimundo de Menezes, do Centro de Energias Alternativas Renováveis (CEAR/UFPB), Dra. Jocianelle Fernandes (HULW/UFPB), além dos pesquisadores da UFCG Dr. Marcus Vinícius Fook, Dr. Rossemberg Barbosa e Alessandra Estevam.

Acesse a notícia completa na página da UFPB.

Fonte: Milena Dantas e Aline Lins, UFPB. Imagem: Planta Lippia sidoides (alecrim-pimenta), da qual se extrai o óleo essencial, cultivada no horto da UFPB. Fonte: Fernando Viana, UFPB.

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