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Nova vacina contra o vírus zika pode levar à eliminação global da doença

Pesquisadores da Universidade de Adelaide, na Austrália, fizeram avanços significativos no desenvolvimento de uma nova vacina contra o vírus Zika

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Fonte

Universidade de Adelaide

Data

sexta-feira, 13 dezembro 2019 10:35

Áreas

Imunologia. Saúde Pública. Vacinas.

Pesquisadores australianos fizeram avanços significativos no desenvolvimento de uma nova vacina contra o vírus Zika, que pode levar à eliminação global da doença.

A equipe de virologia, liderada pelo professor Dr. Eric Gowans, da Universidade de Adelaide, e pela Dra. Branka Grubor-Bauk, do Instituto Basil Hetzel de Pesquisa em Saúde Translacional, desenvolveu uma vacina que previne a infecção pelo Zika em modelos pré-clínicos da doença.

As descobertas foram publicadas no dia 11 de dezembro na revista científica Science Advances.

O Zika é um ‘flavivírus’ transmitido por mosquitos que pode causar microcefalia (quando a cabeça do bebê é significativamente menor que o esperado) e graves defeitos de nascença em bebês nascidos de mães infectadas. A introdução de uma vacina eficaz para o Zika impedirá a infecção de mulheres grávidas e os efeitos congênitos resultantes no feto.

A Dra. Grubor-Bauk, que também é pesquisadora sênior da Escola Médica da Universidade de Adelaide, disse que a equipe desenvolveu uma nova vacina contra o Zika que se mostrou eficaz em modelos de camundongos. “Este é o primeiro estudo de vacina que mostra que uma vacina baseada em células T pode conferir proteção contra uma infecção sistêmica por zika”, ressaltou a pesquisadora. ““Nossa vacina oferece uma vantagem sobre outras vacinas em desenvolvimento, eliminando as preocupações sobre o aprimoramento da infecção após a exposição ao vírus da dengue. Essa descoberta demonstra pela primeira vez que são possíveis vacinas para as células T protetoras contra o zika”.

O vírus Zika é extremamente prejudicial se você estiver grávida e não houver terapia ou vacina disponível até o momento. Se conseguirmos avançar nesse trabalho e imunizar as mulheres em idade reprodutiva e com maior risco, podemos parar os efeitos devastadores da infecção pelo zika na gravidez e fazer uma enorme diferença para a saúde da comunidade global”, continuou a especialista.

Esta pesquisa, que já tem anos de duração, foi realizada em colaboração com o pesquisador Dr. Dan Barouch, diretor do Centro de Pesquisa em Virologia e Vacinas da Escola de Medicina de Harvard e com  professora Dra. Sarah Robertson, da Universidade de Adelaide, além de outros cientistas das universidades de Adelaide, Austrália do Sul e Flinders.

“Os próximos passos são avançar a vacina para estar pronta para os ensaios clínicos em fase I em humanos. Isso envolve outros estudos pré-clínicos que são de vital importância para identificar a dosagem mais eficaz e demonstrar proteção contra a infecção pelo Zika em diferentes modelos pré-clínicos da doença ”, afirmou a Dra. Grubor-Bauk.

“O objetivo é criar uma tecnologia atraente para licenciamento ou co-desenvolvimento com um parceiro comercial”, concluiu a pesquisadora.

Os resultados deste estudo também contribuirão com outras pesquisas sobre o desenvolvimento de vacinas contra flavivírus, mudando o foco do desenvolvimento de vacinas de envelope viral e vacinas baseadas em anticorpos para vacinas baseadas em células T.

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidae de Adelaide (em inglês).

Fonte: Elisa Black, Universidade de Adelaide. Imagem: Freepik.

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