Notícia

Pesquisa sugere que as bactérias podem aprender com o passado para prever o futuro

Pixabay

Fonte

Universidade de Washington em St. Louis

Data

quinta-feira, 9 setembro 2021 06:55

Áreas

Bacteriologia. Microbiologia.

Usando simulações de computador e um modelo teórico simples, o Dr. Mikhail Tikhonov e colaboradores publicaram um artigo na revista científica eLife que mostra como as bactérias podem se adaptar a um ambiente variável aprendendo suas regularidades estatísticas – por exemplo, quais nutrientes tendem a ser correlacionados – e fazer isso mais rápido do que a tentativa e erro evolucionária normalmente permitiria.

“O ‘aprendizado’ evolucionário é comum. Por exemplo, muitos organismos desenvolveram um relógio circadiano para seguir o ciclo diurno e noturno de 24 horas. Mas a evolução ocorre ao longo de muitas gerações. Mostramos que as bactérias poderiam, em princípio, fazer o que fazemos: aprender correlações com experiências recentes e adaptar seu comportamento futuro de acordo, mesmo durante sua vida”, disse o Dr. Tikhonov, professor do Departamento de Física da Universidade de Washington em St. Louis, nos Estados Unidos.

“As bactérias não têm cérebro, mas descobrimos que esse tipo de processamento de informações pode ser alcançado com um circuito não apenas simples, mas semelhante aos circuitos que as bactérias já possuem”, disse o pesquisador.

No entanto, três ingredientes habilitadores devem estar presentes. Os pesquisadores estipulam que esse tipo de aprendizado só pode acontecer: se as bactérias tiverem mais reguladores do que o necessário; se os próprios reguladores forem autoativados; e se a bactéria operar sob as condições ‘não lineares’ do mundo real, que são frequentemente aproximadas em modelos.

Ao estudar biologia com a perspectiva de um físico, o Dr. Tikhonov espera lançar mais luz sobre as maneiras como as teorias biológicas tradicionais limitam as perguntas que os pesquisadores fazem. O artigo publicado fornece novas hipóteses de por que algumas bactérias podem estar usando reguladores aparentemente redundantes ou maneiras de modular suas diferentes vias.

“A redundância ‘desperdiçadora’ e os reguladores desnecessários que vemos em muitos experimentos de laboratório podem ser intrigantes. Mas os cientistas geralmente estudam organismos em ambientes simplificados ou ambientes estáticos. Os benefícios que descrevemos só se manifestariam em condições variantes mais realistas. Nossa esperança é que um experimentalista possa ler nosso artigo e reconhecer os ingredientes-chave que descrevemos no sistema que eles estudam”, concluiu o Dr. MIkhail Tikhonov.

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade de Washington em St. Louis (em inglês).

Fonte: Talia Ogliore, Universidade de Washington em St. Louis. Imagem: Pixabay.

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