Notícia
Pesquisadores desenvolvem nova técnica de impressão 3D para projetar biofilmes
Pesquisa pode auxiliar no desenvolvimento de medicamentos para combater os efeitos negativos de microrganismos que aderem às superfícies
J. Adam Fenster, Universidade de Rochester
Fonte
Universidade de Rochester
Data
sábado, 6 novembro 2021 06:30
Áreas
Biotecnologia. Desenvolvimento de Fármacos.
A Dra. Anne S. Meyer, professora de Biologia da Universidade de Rochester, nos Estados Unidos, e seus colaboradores na Universidade Tecnológica de Delft, nos Países Baixos, desenvolveram recentemente uma técnica de impressão 3D para projetar e estudar biofilmes – comunidades tridimensionais de microrganismos, como bactérias , que aderem às superfícies. A pesquisa fornece informações importantes para a criação de materiais sintéticos e no desenvolvimento de medicamentos para combater os efeitos negativos dos biofilmes.
Os biofilmes podem ser prejudiciais e benéficos para os humanos: eles podem recobrir as superfícies de materiais e objetos, incluindo dispositivos médicos, e causar infecções, podendo ser resistentes a vários medicamentos e desinfetantes. No entanto, os biofilmes são capazes de degradar produtos químicos tóxicos e poluentes ambientais, tornando-os úteis em áreas como o tratamento de águas residuais.
Em sua última pesquisa, publicada na revista científica ACS Synthetic Biology, a Dra. Meyer e seus colegas mostraram que biofilmes projetados podem se comportar como naturais. Os pesquisadores desenvolveram uma técnica de impressão 3D que permite a engenharia sintética e o estudo de biofilmes feitos de bactérias Escherichia coli (E. coli). A técnica permitirá aos pesquisadores estudar melhor as propriedades dos biofilmes para que possam aproveitar seus aspectos benéficos e combater seus efeitos nocivos.
“Este artigo mostra que nossos biofilmes projetados podem se comportar como biofilmes nativos de várias maneiras – incluindo a exibição de resistência emergente a medicamentos – tornando-os bons sistemas modelo para o desenvolvimento de medicamentos anti-biofilme”, disse a Dra. Anne Meyer.
O trabalho é o mais recente de uma série de esforços de pesquisa liderados pelo laboratório da Dra. Meyer para desenvolver materiais sintéticos que imitam a natureza. Os materiais têm uma variedade de aplicações nos setores de energia, medicina, tecnologia e moda. O grupo de pesquisa usou bactérias para desenvolver nácar e grafeno artificiais e, adicionalmente, desenvolveu outras técnicas de impressão 3D, incluindo uma nova técnica de bioimpressão para imprimir algas em materiais fotossintéticos vivos.
Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).
Acesse a notícia completa na página da Universidade de Rochester (em inglês).
Fonte: Lindsey Valich, Universidade de Rochester. Imagem: J. Adam Fenster, Universidade de Rochester.
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