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Na Universidade da Califórnia em Los Angeles, novo centro de pesquisa tem foco na biologia quântica

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UCLA | Universidade da Califórnia em Los Angeles

Data

segunda-feira. 27 setembro 2021 07:05

O Instituto de Nanossistemas da Califórnia (CNSI) da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), nos Estados Unidos, iniciou um novo centro dedicado à pesquisa interdisciplinar sobre os possíveis fundamentos quânticos dos processos biológicos.

Centros acadêmicos especializados em biociências quânticas já existem no Reino Unido, Alemanha, Coreia do Sul, Dinamarca e Japão, mas o Centro de Biologia Quântica da UCLA é o primeiro centro desse tipo nos EUA.

Liderado pela Dra. Clarice Aiello, membro do CNSI e professora de Engenharia Elétrica e de Computação da UCLA, o centro treinará estudantes, cientistas e engenheiros em início de carreira com foco em redes científicas.

O ‘Centro de Biologia Quântica’ se baseará nos esforços contínuos da UCLA em cultivar uma rede em torno da biologia quântica. Em abril de 2020, a Dra. Clarice Aiello e sua equipe começaram a realizar apresentações virtuais semanais sobre pesquisas em biologia quântica; as sessões atraíram dezenas de investigadores de todo o mundo.

“Precisamos de cientistas interdisciplinares jovens e diversificados entrando nesta área. Precisamos de pessoas em diferentes áreas que se sintam confortáveis ​​para se comunicarem. A missão do centro será cumprida se nossos estagiários de biologia quântica fizerem perguntas francamente e explorarem as conexões entre as áreas”, destacou a Dra. Clarice Aiello.

Biologia Quântica

Nas menores escalas, as leis da física propostas por Sir Isaac Newton são famosas por serem quebradas. Pares de partículas estão intrinsecamente ligados por distâncias improváveis. Outras partículas parecem estar em dois lugares ao mesmo tempo. Certos eventos devem ser descritos em termos de suas probabilidades em acontecer. O conhecimento sobre a mecânica quântica, os princípios do estranho mundo subatômico, levou a novas tecnologias. Algumas são exóticas, como os computadores quânticos que estão começando a resolver problemas “impossíveis”. Outras estão presentes em nosso dia a dia, como a tela sensível ao toque de um smartphone.

As ideias para a aplicação do conhecimento da biologia quântica tendem a se concentrar em duas áreas principais. Uma é a engenharia bioinspirada, em que o design de novas tecnologias é informado pela compreensão de como a natureza projetou os seres vivos. Assim, por exemplo, alguns estudos investigam até que ponto os efeitos quânticos estão por trás da navegação de pássaros, tartarugas e insetos usando o fraco campo magnético da Terra. Nesse caso, as percepções sobre como esses efeitos funcionam poderiam potencialmente ser traduzidas em sensores eletromagnéticos com sensibilidade sem precedentes e alta resiliência ao ruído – porque os sensores feitos pela natureza funcionam bem em vários ambientes.

A outra área investiga se a fisiologia dos humanos e de outros organismos pode ser influenciada pela manipulação dos efeitos quânticos. Um exemplo vem de evidências iniciais de que certos elementos do metabolismo celular são afetados por ondas eletromagnéticas de uma forma que é consistente com um modelo quântico. Revelar os mecanismos subjacentes pode ter implicações para novas formas de tratamento e diagnóstico de doenças.

“A biologia quântica é um campo de estudo que oferece uma grande promessa tanto para a descoberta fundamental quanto para a inovação tecnológica”, disse o Dr. Roger Wakimoto, vice-reitor de pesquisa da UCLA. “O lançamento deste centro é a ilustração mais recente de como a UCLA define a vanguarda da exploração e da invenção”, concluiu o gestor.

Acesse a notícia completa na página da UCLA (em inglês).

Fonte: Wayne Lewis, UCLA.

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